Zelensky anuncia semana de trabalho contra o terrorismo após o massacre em Israel
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que ao longo da semana vai trabalhar com os seus aliados para fortalecer a resposta ao terrorismo em todo o mundo, na sequência do ataque do Hamas a Israel.
"Muitas pessoas ficaram chocadas com a audácia do ataque terrorista [contra Israel]. A audácia e a preparação. (...) Significa que são uma ameaça não apenas para um país", disse Zelensky no seu discurso à nação domingo à noite.
O chefe de Estado ucraniano disse que há vários eventos já planeados e referiu-se ao ataque do Hamas como mais uma "frente de terror contra a humanidade".
"A guerra contra a Ucrânia, a guerra no Médio Oriente, a terrível desestabilização em África, as constantes tentativas de provocar uma crise no mercado alimentar mundial" foram outras das "frentes" citadas por Zelensky.
O Presidente ucraniano também confirmou a morte de dois cidadãos ucranianos em Israel, no "assassinato indiscriminado cometido pelo Hamas".
Zelensky conversou no domingo com o chefe do Governo israelita, Benjamin Netanyahu, a quem transmitiu o seu apoio e falou das "ramificações para a segurança na região e fora dela".
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".
Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
O Irão comemorou como "uma grande vitória" para a Palestina o massacre de pelo menos 700 civis dentro de Israel, no dia em que o maior número de judeus morreu desde o Holocausto, como resultado de uma única ação.
No dia dos acontecimentos, o Presidente Zelensky defendeu "o pleno direito de Israel de se defender contra o terrorismo".