Banguecoque confirma 12 tailandeses mortos em ataque do Hamas
O Governo da Tailândia informou hoje que 12 cidadãos tailandeses foram mortos no sábado, durante a ofensiva do grupo islâmico Hamas, que já fez centenas de mortos em Israel e na Faixa de Gaza.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros tailandês, Kanchana Patarachoke, disse, em conferência de imprensa, que a embaixada em Telavive recebeu informações sobre 12 mortes através de empresas onde trabalham tailandeses em Israel.
Além das vítimas mortais, outros oito tailandeses ficaram feridos e 11 foram raptados por guerrilheiros do grupo islâmico Hamas, que atua na Faixa de Gaza.
De acordo com as autoridades tailandesas, há cerca de 30 mil tailandeses em Israel e cerca de cinco mil perto da Faixa de Gaza, onde a maioria trabalha no setor agrícola.
O primeiro-ministro, Srettha Thavisin, disse no domingo que um avião da força aérea com capacidade para 423 pessoas estaria pronto para voar para Israel, caso necessário, para retirar os cidadãos tailandeses do país.
O Camboja confirmou no domingo a morte de um estudante em Israel, enquanto as Filipinas estão a tentar verificar o possível rapto de um dos seus 25 mil cidadãos no país.
O cônsul da Embaixada das Filipinas em Israel disse que oito filipinos, que estavam a trabalhar perto de Gaza quando o ataque começou, foram resgatados pelo exército israelita, informou o portal de notícias Inquirer.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
O mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava, no domingo, 413 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza, o que elevava para mais de 1.100 o total de mortes nos dois lados dos confrontos armados iniciados no sábado.
Segundo o ministério, citado pela agência espanhola EFE, entre os 413 mortos estavam 78 menores e 41 mulheres.
Nas últimas horas foram atacadas duas torres na cidade de Gaza, admitindo-se que o balanço possa aumentar.
A estas vítimas somavam-se os mais de 700 mortos do mais recente balanço do Ministério da Saúde de Israel, também divulgado no domingo.
O elevado número de mortos confirmado em pouco mais de 24 horas não tem precedentes na história de Israel, apenas comparável à sangrenta primeira guerra israelo-árabe de 1948, após a fundação do Estado de Israel.