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Hamas considera que ajuda militar dos EUA é uma agressão contra os palestinianos

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O movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, considerou hoje que o apoio militar anunciado pelos EUA a Israel equivale a uma "participação na agressão contra o povo" palestiniano.

"O anúncio pelos Estados Unidos [de um reforço da ajuda militar a Israel na sequência da ofensiva desencadeada pelo Hamas] é uma verdadeira participação na agressão contra o nosso povo", indicou o grupo num comunicado.

"Estas ações não atemorizam o nosso povo nem a resistência que continuará a defendê-lo", acrescentou a mesma nota.

Os Estados Unidos da América (EUA) iniciaram hoje o envio de ajuda militar a Israel com novas munições, e reuniram o seu grupo aeronaval no Mediterrâneo, num rápido apoio ao seu aliado histórico surpreendido pelos ataques do Hamas.

Na sequência de um apelo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou "estar a caminho de Israel uma ajuda suplementar para as Forças Armadas israelitas, e que irá prosseguir nos próximos dias", segundo um comunicado da Casa Branca.

O chefe do Pentágono (Departamento de Defesa) anunciou, por sua vez, que os EUA começaram a entregar munições adicionais a Israel, acrescentando que o exército norte-americano está em processo de reforço da sua presença militar no Médio Oriente.

O primeiro pacote de ajuda militar "começará a partir hoje e chegará nos próximos dias", disse o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, num comunicado, acrescentando ainda que um porta-aviões estava a caminho do Mediterrâneo.

O grupo islâmico palestiniano Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).

O confronto armado prossegue hoje, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra centenas de alvos do Hamas no enclave palestiniano.