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Governo israelita emite "ordem de emergência" para armamento de civis

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O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, emitiu hoje uma "ordem de emergência" à divisão de licença de armas de fogo para facilitar a obtenção de armas ao maior número possível de cidadãos israelitas.

"Qualquer cidadão que cumpra os critérios para a posse de armas de fogo, sem antecedentes penais ou médicos, poderá receber aprovação para a posse de armas de fogo", indicou o gabinete do ministro, numa altura em que Israel se encontra em guerra com o grupo islâmico palestiniano Hamas.

O prazo para garantir a licença será de apenas uma semana, após o interessado ser submetido a uma entrevista telefónica.

Está ainda prevista a facilitação da recuperação de armas aos israelitas que as tenham devolvido no último ano por ausência de renovação da licença.

No âmbito desta ordem, vão ser emitidas autorizações para a posse de armas de fogo com uma bonificação para a compra de até 100 munições, face ao atual limite de 50.

Ben Gvir, que representa a tendência mais ultra-direitista e anti-árabe do atual Governo israelita liderado por Benjamin Netanyahu, já tinha facilitado a obtenção de licenças de armas para combater o "terrorismo" na Cisjordânia ocupada, onde a violência se agravou no último ano e onde têm ocorrido frequentes incursões do Exército judaico.

Em Israel, o porte de arma depende de uma prévia formação militar -- num país onde o serviço militar é obrigatório --, ou da condição de habitar numa zona de segurança "sensível", em particular em territórios próximos da Faixa de Gaza ou dos colonatos na Cisjordânia ocupada.

Nos primeiros cinco meses de 2023, Israel concedeu 12 mil novas autorizações de porte de arma, um número semelhante ao registado em todo o ano anterior. Calcula-se que mais de 170.000 civis israelitas possuam licença, entre os 9,7 milhões de habitantes.

O grupo islâmico palestiniano Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).

O confronto armado prossegue hoje, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra centenas de alvos do Hamas no enclave palestiniano.