Governo israelita confirma sequestro de uma centena de pessoas
Pelo menos uma centena de pessoas foi sequestrada pelas milícias palestinianas na sequência do ataque do grupo islâmico Hamas a Israel, confirmou hoje o Governo israelita.
"Os números continuam a aumentar, amplificando assim a nossa tristeza. As nossas orações estão com todas as famílias daqueles que foram sequestrados, assassinados e feridos pelo Hamas", refere um comunicado publicado pelo Governo israelita na sua página de Facebook.
Nesse comunicado, citado pela agência Europa Press, o executivo de Israel dá conta que desde o início desta ofensiva já morreram mais de 600 pessoas e duas mil ficaram feridas.
Do lado palestiniano, o número de mortos devido aos bombardeamentos israelitas em Gaza subiu para 370, de acordo com o último relatório do Ministério da Saúde palestiniano, que estima em 2.200 o número de feridos.
O exército israelita assegura no entanto ter matado 400 "terroristas" na Faixa de Gaza e centenas de outros milicianos palestinianos que se infiltraram em território israelita para realizar os ataques.
Um porta-voz militar israelita revelou hoje que as tropas continuam a deparar-se com milicianos palestinianos que se infiltraram em várias comunidades israelitas perto da fronteira de Gaza, enquanto 24 outras cidades da zona já começaram a ser evacuadas e os seus habitantes transferidos para outras zonas mais seguras do país.
As sirenes de ataque aéreo têm soado praticamente sem parar na zona devido aos disparos de foguetes a partir de Gaza, de onde as milícias dispararam 3.255 `rockets´ desde o início da ofensiva, no sábado de manhã, segundo as últimas estimativas do exército israelita, que continua a bombardear alvos na Faixa de Gaza.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.