Netanyahu declara guerra ao Hamas após ataque a Israel que já causou pelo menos 26 mortos
O primeiro-ministro israelita declarou hoje que Israel está "em guerra" com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, na sua primeira intervenção pública após um múltiplo ataque deste grupo palestiniano a território israelita, causando pelo menos 26 mortos.
"Cidadãos de Israel, estamos em guerra. Não numa operação, não são rondas de combates, é uma guerra", disse Benjamin Netanyahu, num vídeo difundido nas suas redes sociais.
"Estamos em guerra e vamos vencê-la", sublinhou, horas depois do início de um ataque do Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Segundo fontes oficiais israelitas e palestinianas, pelo menos 22 pessoas morreram em Israel pelo ataque do Hamas desde a Faixa de Gaza, enquanto quatro palestinianos morreram em Gaza.
"As vítimas mortais em Israel são pelo menos 22 pessoas", disse fonte médica israelita à agência Efe, enquanto do lado palestiniano foram relatados quatro mortos em Gaza, um dos quais jornalista.
O primeiro-ministro israelita acrescentou que ordenou, "em primeiro lugar, que os militares limpassem as cidades onde se infiltraram militantes do Hamas, onde decorriam tiroteios com soldados israelitas.
"Isto está atualmente a ser feito. Ao mesmo tempo, ordenei uma ampla mobilização de reservas e que devolvamos o fogo com uma magnitude que o inimigo nunca conheceu. O inimigo pagará um preço sem precedentes", acrescentou.
Israel bombardeou pelo ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, no início da sua operação "Espadas de Ferro", em resposta ao ataque surpresa que o grupo islâmico lançou hoje de manhã contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", e que incluiu o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar no território israelita.
As milícias de Gaza continuam a lançar foguetes e as sirenes de ataque aéreo não pararam de soar durante toda a manhã nas cidades do sul e centro de Israel, incluindo Telavive e Jerusalém.
Em Jerusalém, os civis deixaram as ruas desertas, muitos deles abrigaram-se em "bunkers", enquanto numerosas tropas patrulham e inspecionam minuciosamente as ruas, parques e estacionamentos de centros comerciais.