Harakiri político ou falta de maturidade?
Muito honestamente não acredito que neste momento Paulo Cafôfo seja a melhor solução para o PS-M. Foram demasiadas cambalhotas efectuadas por Cafôfo num curto espaço de tempo e isso paga-se caro. Foi a demissão na noite das legislativas regionais em 2019 sem motivo que o justificasse, demonstrando falta de maturidade política ou birra de menino mimado que ao perder as eleições amuou e procurou a saída mais fácil, demitindo-se. De seguida abandonou o seu lugar de deputado na ALM traindo a confiança que o eleitorado madeirense depositou nele e no partido socialista que elegeu 19 deputados, não obstante, inexplicavelmente, manteve-se umbilicalmente ligado ao Partido aceitando um lugar, pouco visível publicamente, como Presidente da Comissão Política Regional. Logo de seguida prometeu alto e bom som que regressava à sua função de professor mas logo que surgiu um lugar de Secretário das Comunidades esqueceu o prometido e aceitou o cargo sem pestanejar. Estranhamente, o actual presidente do PS-M, Sérgio Gonçalves, anunciou no dia 2-10-23 à noite, que iria manter-se até ao próximo congresso do PS mas não seria recandidato ao lugar, porém no dia seguinte, 3-10-23, o DN anunciava, em letras garrafais, que Cafôfo era de novo candidato à liderança do PS-M. Ou a “sopa” já foi toda cozinhada nas costas dos militantes ou então é uma estranha coincidência. Se juntarmos a toda esta...falta de bom-senso, o abandono de Presidente em exercício da CMF em 2018, quebrando a promessa que fez aos madeirenses, temo que o povo madeirense junte dois mais dois e castigue a falta de coerência de Paulo Cafôfo. Ele não deve esquecer que se for ao PSD-M tudo é perdoado desde as mentiras, falsas promessas, indícios de corrupção, enriquecimentos duvidosos e índices de pobreza na Madeira, mas se for ao PS-M ou outro partido da oposição os madeirenses não perdoam nadinha. É na qualidade de militante que manifesto a minha opinião, pois não é por ser o Paulo Cafôfo, poderia ser outro qualquer militante que tivesse feito o mesmo trajecto político - atrevo-me a dizer, harakiri político - a minha apreciação seria a mesma.
Juvenal Rodrigues