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Venezuela cria Conselho Especial e Unidades Populares para a Paz

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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje a ativação de um Conselho Especial para a Paz (Cepaz) e das Unidades Populares para a Paz (Upaz) para garantir a tranquilidade no país perante potenciais ameaças.

"Trará grandes resultados para a paz, a tranquilidade, o funcionamento da sociedade, para desarticular qualquer plano. Já basta de planos perversos, basta de ódios, basta de vinganças, basta de planos secretos para encher a Venezuela de violência", disse o governante.

Nicolás Maduro falava em Caracas, durante uma reunião com o alto comando político e militar, transmitida pela televisão estatal venezuelana, durante a qual frisou que "a revolução não pode estancar" e acusou a direita de estar "cheia de ódio e de desejo de vingança".

O líder afirmou igualmente que "as ameaças estão sempre no cenário" e que "o discurso de ódio, tem procurado inocular-se no seio da sociedade (venezuelana)".

Ainda na intervenção, Maduro acusou "pequenos setores da extrema-direita" com "planos de violência" de promoverem um discurso de ódio.

O governante instou os venezuelanos a estarem atentos a tais movimentações, condenando nos termos mais fortes "os discursos de ódio, de confrontação estéril, de polarização violenta e intolerância".

"Chamo toda a Venezuela a defender a paz. Mas, em particular, apelo ao nosso povo para que se organize de forma superior para defender a paz. Há planos contra a paz do povo, para transformar o ódio em violência. E não o permitiremos. Não o podemos permitir", disse, sublinhando que essa defesa deverá ocorrer em cada quarteirão, escadaria, rua, comunidade, campo e território do país.

O Cepaz, explicou Maduro, será a instância nacional, articuladora, construtora e dirigente das Unidades Populares para a Paz (Upaz) e será dirigido pelo deputado Diosdado Cabello (tido como o segundo homem mais forte do chavismo).

"Vamos integrar as Upaz nas 46.542 comunidades do país", frisou, sublinhando que cada chefe local terá a seu cargo uma equipa de quatro pessoas e irá trabalhar em articulação com as já existentes Unidades Populares de Defesa Integral da Milícia Nacional Bolivariana.

"Depois ativaremos nos locais de trabalho, nas fábricas, nas empresas, nas universidades, nos liceus, nos hospitais, nos Centros de Diagnóstico Integral (Centros médicos) nos módulos de saúde, sistemas de transporte de massa, nas instalações elétricas, de água, na indústria petrolífera, nos centros de armazenamento de alimentos e de medicamentos (...). Já visualizámos o mapa" de distribuição, concluiu.