Obrigada Miguel Albuquerque
Obrigada mesmo, Senhor Presidente. Por assumir aquela que foi a vontade dos Madeirenses. As pessoas votaram para que você e a sua equipa, governassem a nossa região, mas também deixaram com o seu voto algumas ressalvas.
Com o seu voto, o povo disse que não quer contar com o CDS e com o enredo de Rodrigues.
Os votos no Chega são votos de protesto para questões que não são do foro da governação da Madeira, tal como é a questão do aumento das taxas de juro do BCE, do aumento da inflação e da crise internacional da habitação. Bem sei que no que toca à habitação o senhor Presidente já colocou uma solução no terreno há 2 anos e que terá efeitos práticos nos próximos 9 meses. Já o JPP ganhou votos à custa da demagogia barata com o tema "faz o que digo e não faças o que faço".
Outra razão, senhor Presidente, de não ter atingido a merecida "maioria absoluta" deve-se ao facto de ter contado com vários partidos que em vez de apresentarem soluções e ideias, andaram no terreno a difamar e a gerar contra-informação, com equipas pagas nas redes sociais para lançar o pânico. Veja-se por exemplo as dezenas de perfis com morada no continente e que vieram dar uma 'perninha' na Madeira durante os últimos 2 meses.
Porém, ando nisto há 25 anos e nunca vi um partido tão bem organizado como o PSD esteve nesta campanha, mas nem tudo foi perfeito e acredito que na altura das sondagens alguém inexperiente lhe tenha dito ao ouvido que deveria referir no seu discurso que apenas governaria com maioria absoluta, com o objectivo de que as pessoas não ficassem em casa e fossem votar.
As sondagens chegaram a dar 30 deputados para a coligação e sei de gente que não foi votar por achar que 'já estava ganho' e no dia das eleições tinham outros compromissos ou estariam longe do local da mesa de voto não se dando a esse esforço importantíssimo.
Para finalizar, se ver que algum partido não lhe dá as condições de estabilidade para governar a nossa região, avance, apenas com o seu partido, para novas eleições em nome do progresso e desenvolvimento da nossa região, sem descurar as assimetrias que o mercado possa gerar que dificultam os mais vulneráveis. Tal como tem feito.
Teresa Gonçalves