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A Guerra Mundo

Zelesky denuncia ataque russo que matou 49 civis

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Foto Lusa

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou hoje um ataque com 'rockets' russos contra uma loja de uma aldeia no leste da Ucrânia, afirmando que matou pelo menos 49 civis e foi um dos ataques mais mortíferos dos últimos meses.

Zelensky, que está em Granada, Espanha, numa cimeira com cerca de 50 líderes europeus que visa angariar apoio para o país em guerra, classificou o ataque como um "crime russo comprovadamente brutal" e "um ato de terrorismo completamente deliberado".

O Presidente ucraniano instou os aliados ocidentais a ajudarem a fortalecer as defesas aéreas da Ucrânia, alegando que "o terror russo tem de ser travado".

"A Rússia faz ataques terroristas como este apenas para uma coisa: fazer da sua agressão genocida a nova norma para todo o mundo", acusou.

"Agora estamos a falar com os líderes europeus, em particular, sobre o reforço da nossa defesa aérea, o fortalecimento dos nossos soldados, a proteção do nosso país contra o terrorismo. E responderemos aos terroristas", acrescentou.

? O chefe do gabinete presidencial, Andrii Yermak, e o governador de Kharkov, Oleh Syniehubov, adiantaram que um menino de seis anos estava entre os mortos, acrescentando que outras seis pessoas ficaram feridas.

"O mais importante para nós, especialmente antes do inverno, é fortalecer a defesa aérea, e já existe uma base para novos acordos com parceiros", disse Zelensky, num comunicado publicado no canal de mensagens Telegram.

No inverno passado, a Rússia atacou o sistema energético da Ucrânia e outras infraestruturas vitais através de ataques constantes de mísseis e drones, provocando cortes contínuos de energia em todo o país.

O sistema energético da Ucrânia demonstrou um elevado grau de resiliência e flexibilidade, ajudando a aliviar os danos, mas tem havido preocupações de que a Rússia intensifique novamente os seus ataques às instalações elétricas à medida que o frio se aproxima.

Zelensky lembrou ainda que a cimeira de Granada abordará o "trabalho conjunto para a segurança alimentar global e a proteção da liberdade de navegação" no Mar Negro, onde os militares russos têm como alvo os portos ucranianos após a retirada de Moscovo de um acordo de cereais patrocinado pela ONU, concebido para garantir segurança às exportações de cereais dos portos do país invadido.