Zelensky aceitou convite de Marcelo para visitar Portugal
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, aceitou um convite do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para visitar Portugal e as equipas "ainda estão a trabalhar na data" para a concretizar, anunciou hoje a Presidência.
"O Presidente ucraniano aceitou o convite do Presidente da República para visitar Portugal", dá conta um comunicado divulgado na página oficial da Presidência da República na internet.
De acordo com a mesma nota, a deslocação de Zelensky a Granada para participar na Cimeira da Comunidade Política Europeia foi decidida "no último momento", por isso, a visita vai ser "muito curta", inviabilizando uma eventual visita a Portugal neste momento.
"As respetivas equipas estão a trabalhar na data para concretizar tal visita", acrescentou a Presidência da República.
No início da semana vários órgãos de comunicação social portugueses anunciaram uma possível deslocação de Volodymyr Zelensky a Portugal, na sexta-feira, que, entretanto, teria ficado sem efeito.
A Lusa contactou a Presidência ucraniana, mas não conseguiu confirmar que havia intenção de Zelensky visitar o país esta semana.
Marcelo Rebelo de Sousa convidou o homólogo ucraniano a visitar Portugal em agosto, durante uma visita à capital do país que há mais de um ano e meio está a tentar repelir uma invasão da Rússia.
Na altura, por ocasião das comemorações do dia da independência da Ucrânia, em 24 de agosto, o chefe de Estado português disse, durante um intervenção que fez em ucraniano, que Portugal vai apoiar sempre a independência do país: "Portugal estará, e está, sempre com a vossa independência. Sem a vossa legítima defesa não haverá paz e segurança na Europa".
O Presidente da República também interveio durante uma cimeira sobre a Crimeia, território ucraniano anexado em 2014 por Moscovo, e referiu que qualquer solução de paz para o conflito que exclua a reintegração da Crimeia no território da Ucrânia é "um ruído". Marcelo Rebelo de Sousa também defendeu que Portugal apoia inegavelmente as aspirações ucranianas à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Ainda está por concretizar a condecoração do Presidente ucraniano com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade. Zelensky optou por rejeitar quaisquer condecorações enquanto a guerra prosseguir.