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Madeira

JPP critica postura da Investimentos Habitacionais

Juntos pelo Povo diz que IHM está "mais preocupada com a imagem do Governo do que em resolver as necessidades habitacionais"

Foto DR/JPP
Foto DR/JPP

O partido Juntos Pelo Povo emitiu uma nota dando conta que "lamenta o facto da IHM estar mais preocupada com a 'imagem' do Governo Regional do que em resolver as reais necessidades habitacionais das famílias Madeirenses e Porto-Santenses, aliás, como é a sua missão".

A crítica é subscrita por Lina Pereira, recém eleita deputada à Assembleia Legislativa da Madeira, que frisa que "não existiu nem existe qualquer aproveitamento político da situação: a Carla e outras 'Carlas' que vivem este drama vêm procurar apoio no JPP, exatamente por não encontrarem qualquer resposta junto das entidades competentes, durante anos!", refere, sendo que a Carla é a senhora que se encontra sentada ao lado da deputada na foto.

"A verdade é que os atuais apoios da IHM continuam a ficar aquém daquelas que são as necessidades habitacionais que se vivem na Região mesmo que, o valor máximo da renda para um agregado de 3 pessoas tenha passado para 750 euros neste último ano", explica Lina Pereira. "O facto de se manter o valor máximo de apoio financeiro em 200 euros (exceto situações que possam implicar o direito a majoração, sendo que, o total da ajuda financeira não poderá exceder os 2/3 da renda mensal em referência, tal como já acontecia) é prova disso mesmo!"

E exemplifica: "Ora vejamos: o valor mínimo a suportar pelo cidadão (1/3 do valor) da renda máxima aumentou, podendo atingir hoje os 250 euros (numa renda máxima de 750€) quando antes não chegava, sequer, aos 170 euros (numa renda máxima de 500€). Portanto, as dificuldades para os agregados familiares agravaram-se e o problema de base mantém-se: o apoio financeiro concedido é claramente insuficiente para que estas famílias possam fazer face ao seu quotidiano, de forma digna!"

"A verdade", refere a deputada, "é que o problema da habitação é uma realidade sentida por milhares de famílias e o Governo Regional tem de criar novos mecanismos que permitam o acesso a uma habitação digna, de forma mais célere aos Madeirenses e Porto-Santenses que verdadeiramente precisam: os juros aos créditos bancários, a pressão do turismo que aumenta o valor das rendas e os baixos rendimentos estão a empurrar as famílias para um 'beco sem saída', muitas delas, com crianças", lamenta.

"A verdade", acrescenta, "é que, tal como na saúde, a lista de espera por uma resposta habitacional tem crescido desde que Miguel Albuquerque assumiu os destinos da Região", constata.

"A verdade", reforça, "é que estas famílias vivem grandes dificuldades com o elevado custo de vida e com os baixos rendimentos".

E ainda aponta mais duas 'verdades': "A verdade é que não serão casas a 'custos controlados' (T1) a cerca de 160 mil euros que permitirão responder a este flagelo. A verdade é que deve existir maior investimento e maior apoio para a habitação: existem imóveis públicos fechados, que poderiam ser reabilitados com fins habitacionais. Poderiam existir protocolos com os Municípios da Região para reforçar parques habitacionais."

E dá a solução final: "Emagreça-se a máquina governativa e canalize-se as verbas para onde são efetivamente necessárias: a habitação tem de ser uma das principais prioridades deste Governo Regional de Miguel Albuquerque!"