Centro internacional de Negócios
A falta de compromisso deste Governo da República é gritante. Mais do que isso é irritante. Depois de ter inviabilizado, no ano passado, o registo de novas empresas no Centro internacional de Negócios, por seis meses, o que custou caro à economia da Madeira e a quem actua e trabalha neste sector, volta a excluir esta questão no Orçamento do Estado.
Com isto obriga a propostas de alteração e às exigências constantes. Poderá eventualmente corrigir a situação, muitas vezes tarde e com prejuízos, como o fez no ano passado, mas tudo tem de ser à base de muita insistência, luta e sacrifício.
Não devia ser assim. Tanto mais nesta questão que não é somente do interesse regional. Questionado sobre esta situação, na Assembleia da República, o primeiro-ministro limitou-se a dizer que este era um dos assuntos que iam ser debatidos. Olha a novidade. Mais uma vez recorre ao nim e a uma atitude de verdadeiro desprezo em relação à Madeira. Outros exemplos não faltam, como é a indefinição eterna sobre o financiamento do novo hospital e o descartar das suas responsabilidades no pagamento dos subsistemas de saúde ou do passe sub23. Mas também o que podemos esperar de alguém que nem sabe ao certo quem é o representante do seu partido neste Região. Por aqui se vê que o diálogo entre ambos sobre estas e outras questões tem sido profícuo.
Carlos Sousa