Sentimento económico e expectativas de emprego estabilizam na UE
Os indicadores de sentimento económico e de expectativas de emprego estabilizaram, em outubro, no conjunto da União Europeia (UE) e na zona euro, compensados pela maior confiança nos serviços e pelos planos da contratação na construção.
Os dados são hoje divulgados pela Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, tendo por base inquéritos às empresas e aos consumidores em outubro, e revelam que, neste mês, o Indicador de Sentimento Económico estabilizou tanto na UE (+0,2 pontos, para 93,1) como na zona euro (-0,1 pontos, para 93,3).
De acordo com o executivo comunitário, também o Indicador de Expectativas de Emprego se manteve globalmente estável em ambas as regiões, isto é, na UE (-0,3 pontos para 102,3) e na área da moeda única (-0,1 pontos para 102,8).
Porém, ao contrário do Indicador de Sentimento Económico, o Indicador de Expectativas de Emprego continuou a registar resultados superiores à sua média de longo prazo.
Os serviços da Comissão Europeia justificam que, no que toca ao Indicador de Sentimento Económico, a estabilidade se deve a "uma menor confiança no comércio retalhista e de uma maior confiança nos serviços", sendo que "a confiança na indústria, na construção e entre os consumidores se manteve praticamente inalterada".
Por seu lado, o Indicador de Expectativas de Emprego manteve-se globalmente estável "uma vez que os planos de emprego mais baixos dos gestores da indústria e do comércio a retalho foram largamente compensados pela melhoria dos planos de emprego dos gestores dos serviços e da construção", segundo a instituição.
Ao mesmo tempo, "as expectativas de desemprego dos consumidores, que não estão incluídas no indicador global, melhoraram ligeiramente", adianta.
Já o Indicador de Incerteza Económica da Comissão Europeia voltou a aumentar em outubro (+1,1 pontos, para 22,2).
Isto porque "a incerteza dos gestores quanto à situação futura das suas empresas no setor da construção, bem como a incerteza dos consumidores quanto à sua situação financeira futura, aumentaram acentuadamente", refere o executivo comunitário, concluindo que "a incerteza nos serviços aumentou ligeiramente, mantendo-se globalmente estável na indústria e no comércio retalhista".