As tais obras inúteis
Dia 25 de outubro, pouco depois das 12 horas, na Rua Pestana Júnior. Vários (muitos) carros seguiam o seu percurso normal, de saída e entrada na parte baixa do Funchal, a maioria vindos e com destino à via rápida. De repente, eis que se ouve um forte barulho. Logo de seguida, vê-se uma nuvem de poeira.
Na via, houve quem travasse, houve quem acelerasse. Mas, também houve quem não se apercebesse do que acontecera. Não sabem a sorte que tiveram…. Anos atrás e poderiam ter sido atingidos pela derrocada que caiu na zona agora salvaguardada, pelos falsos túneis entretanto construídos e que protegem contra a queda de pedras.
E quem diz ontem, poderia ter dito noutros dias. Basta subir a cotas mais altas e espreitar para os tetos das estruturas de proteção e reparar na quantidade de pedras e terra que lá está, não obstante os serviços da SREI procederem a limpezas periódicas daquelas estruturas.
A verdade é que estamos muito mais seguros, graças ao betão, o tal betão que é criticado por vários, inclusive por quem deveria ter maior responsabilidade e bom-senso nas afirmações que faz, mas que prefere ceder a impulsos demagógicos e eleitoralistas e denominar de “obras inúteis” as que vêm sem do realizadas, ao longo destes anos pelos governos regionais do PSD.
Obras que diminuíram distâncias, que facilitaram acesso a residências e a terrenos agrícolas (fazendo com que as pessoas deixassem de ter de subir e descer íngremes veredas e becos, com compras, produtos agrícolas e até materiais e equipamentos para as suas casas) e que trouxeram maior segurança e proteção às vidas das pessoas e dos seus bens. Na Rua Pestana Júnior, como em toda a ilha da Madeira. E também no Porto Santo.
Gostaria de saber, perante mais esta demonstração da cabal relevância destas obras realizadas, o que dizem agora o PS e outros partidos da Oposição acerca destas obras: continuam a ser inúteis? continuam a ser apenas betão e sem importância para as pessoas? ou acham que a proteção de vidas e das viaturas que circulam nas estradas não é importante?
Na política não pode valer tudo, não se pode dizer tudo. Há que se ser sérios. Não se pode falar em obras inúteis, quando não se vive em determinado local, quando não se passa por esse determinado local. Quem tem de dizer se as obras são ou não úteis são quem beneficia delas. E, a avaliar pelos resultados e pelos factos, as obras têm-se revelado muito, mas mesmo muito vantajosas para as pessoas e para os bens. Nem que seja por salvarem vidas….
Ângelo Silva