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Madeira

PAN sem “posição assumida” ou “conclusões” sobre o teleférico do Curral das Freiras

Partido promoveu, esta tarde, uma conferência de imprensa, sem direito a perguntas, para dar conta de que está a estudar os documentos que recebeu do Governo Regional

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Mónica Freitas disse ainda não saber se o proejcto vai por diante. A deputada do PAN quer ter a análise concluída antes da votação do Programa de Governo.

Foi numa conferência de imprensa sem direito a perguntas que a deputada do partido Pessoas – Animais – Natureza (PAN) fez saber, esta tarde, que, conjuntamente com a sua equipa, está a analisar os seis documentos que recebeu da Secretaria Regional de Agricultura e Ambiente sobre o projecto de construção de um teleférico na zona do Curral das Freiras.

Além de manifestar a inteção de reunir com as autarquias das localidades implicadas, nomeadamente o Curral das Freiras e o Jardim da Serra, de reunir com o concessionário e de promover uma “assembleia alargada com a população para obter esclarecimentos e rever as suas preocupações”, a parlamentar do PAN garantiu não ter, ainda, uma “posição assumida” sobre o projecto, nem tão pouco “conclusões” sobre o mesmo, deixando em aberto o futuro, informações adiantadas após insistência dos jornalistas em obter alguns esclarecimentos.

Mónica Freitas, que se fez acompanhar de Marco Gonçalves, salientou o empenho do partido em “favor da preservação da Natureza, da nossa beleza, características paisagísticas, na importância de combater o isolamento, melhorar os transportes, apoiar os agricultores, fixar os mais jovens nos meios mais rurais e promover o desenvolvimento económico local". 

De caminho, aproveitou para criticar a posição assumida por Victor Freitas, do Partido Socialista, garantindo que o PAN "não sabia que a autorização do contrato tinha sido feita quatro dias antes das eleições". Da mesma forma, disse não aceitar a crítica de Nuno Morna, do Iniciativa Liberal, afiançando que o partido "não está a assobiar para o lado e nem se descartou da responsabilidade que assumiu". 

"O processo encontra-se em fase de avaliação do estudo prévio e é suscetível de negociação", disse Mónica Freitas, escudando-se na análise dos seis documentos recebidos do Governo Regional, onde se inclui, nomeadamente, o Estudo de Impacte Ambiental (EIA), o contrato de concessão e o relatório da consulta pública, tudo documentos que são públicos, tendo a deputada assumido já conhecer alguns deles previamente. 

Sobre esses documentos, referiu, também,  que reconhece "em primeiro lugar todo o trabalho e luta incansável da população, de ONG’s, entidades governamentais e até de alguns partidos políticos que resultou em 405 pareceres em prol da natureza, dos animais e sobretudo da população do Curral". 

Ora, conforme apontou a parlamentar, para o partido é "imprescindível garantir a preservação do ambiente e dos espaços naturais, salvaguardar as questões animais, nomeadamente das aves e da importância do benefício para a população devendo o projecto ter uma lógica de empregabilidade, fixação da população, dinamização do comércio local e valorização do património", aspectos que já anetriormente haviam sido elencados por Mónica Freitas.

"Mantendo-se fiel aos seus princípios", diz que irá utilizar "a sua influência" em prol das pessoas, dos animais e da natureza. Desta forma, promete diálogo, num "sentido construtivo", antes de assumir uma posição final, que deverá ser conhecida "antes da apresentação do programa de Governo", altura em que espera já ter realizado todos os encontros que pretende, com as partes envolvidas.

"A avaliar a revisão da dimensão do projecto, a minimização do impacto ambiental, analisar o impacto económico e esclarecer e dialogar com as partes interessadas sem fundamentalismos nem populismos em busca de uma solução" são os objectivos traçados pelo PAN em relação ao teleférico do Curral das Freiras.