Atraso no orçamento é motivado pela nova orgânica do governo e pelo Orçamento de Estado?
O secretário regional de Finanças prevê a provação do Orçamento Regional para Fevereiro, devido à nova orgânica do Governo e ao Orçamento de Estado para 2024.
Rogério Gouveia afirmou, na reunião com os deputados do PSD à Assembleia da República que a apresentação do Orçamento Regional para 2014 deverá acontecer só no próximo ano e que a aprovação será entre Janeiro e Fevereiro. O secretário regional e Finanças justifica este atraso – normal em ano de eleições regionais – com o programa do governo que será apresentado dentro de um mês e a aprovação do Orçamento de Estado.
Aguardamos aquele que será o programa de Governo e as medidas que daí sejam emanadas e que tenham consequências naquela que será a primeira proposta de Orçamento da próxima legislatura, não esquecendo também que esperamos impactos e consequências daquela que vier a ser a proposta do Orçamento de Estado, que habitualmente tem consequências na tomada de decisão orçamental da Região. Rogério Gouveia, secretário regional de Finanças
Rogério Gouveia afirmou, na reunião com os deputados do PSD à Assembleia da República que a apresentação do Orçamento Regional para 2014 deverá acontecer só no próximo ano e que a aprovação será entre Janeiro e Fevereiro. O secretário regional e Finanças justifica este atraso – normal em ano de eleições regionais – com o programa do governo que será apresentado dentro de um mês e a aprovação do Orçamento de Estado.
A aprovação do Orçamento Regional, depois das eleições, acontece, sempre, mais tarde do que o normal, mas nem sempre o atraso é tão evidente.
Nos outros anos, a proposta de orçamento é entregue na Assembleia Legislativa em finais de Novembro e a discussão e aprovação acontece, sempre, antes do Natal.
Orçamento de 2020 aprovado em Janeiro
Há quatro anos, quando as eleições regionais, tal como agora, aconteceram no final e Setembro, o governo tomou posse a 15 de Outubro – o novo governo toma posse no dia 17 deste mês – e o Orçamento Regional para 2020 deu entrada na Assembleia a 9 de Janeiro 2020, para ser discutido entre 20 e 23 do mesmo mês.
Tal como agora, houve alterações importantes na orgânica do Governo Regional, com novas secretarias – foi o primeiro governo de coligação PSD/CDS – mas o atraso em relação às datas normais para o orçamento regional foi de cerca de um mês.
Pelo que foi possível perceber, Rogério Gouveia estará a tentar entregar a proposta até final de Janeiro do próximo ano, o que levará a discussão para meados de Fevereiro.
Não é uma diferença grande em relação a outros orçamentos apresentados logo após eleições, e até já houve diferenças bem maiores. O Orçamento Regional de 2001, apresentado depois das eleições de Outubro de 2000, só foi aprovado em Abril de 2001.
O OR2005, depois das eleições de 17 de Outubro de 2004, foi aprovado a 18 de Fevereiro de 2005.
Orçamento de Estado com data fixa
O que não é argumento para atrasar o Orçamento Regional é a data de aprovação do Orçamento de Estado, desde logo porque, em anos normais – sem eleições legislativas nacionais – como é o caso, o Governo da República tem de entregar a proposta de OE até 10 de Outubro.
A proposta de OE2024 será entregue, pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, na próxima semana e deverá ser aprovado antes do final do mês de Novembro.
Ou seja, nada diferente em relação a outros anos em que o Orçamento Regional foi apresentado antes do final do ano.
Orgânica do Governo Regional alterada
O que realmente atrasa a apresentação do OR é, muito mais do que o programa do governo, a alteração da orgânica que, no caso do XIV Governo Regional, que tomará posse a 17 de Outubro, são muitas.
Há secretarias regionais novas que deverão obrigar aa transferir as tutelas de direcções regionais, institutos e outros organimos. Ambiente e Agricultura, a secretaria de Rafaela Fernandes, reúne departamentos que estavam separados. O mesmo em relação à Economia, Mar e Pescas, de Rui Barreto que recebe as áreas até agora tuteladas por Teófilo Cunha.
Inclusão Social e Juventude, de Ana Sousa, também recebe uma área nova.
Finanças, Equipamentos e Infraestruturas, Saúde e Protecção Civil e Turismo e Cultura são as pastas com menos alterações.
Jorge Carvalho mantém a Educação e Ciência, mas perde os assuntos parlamentares que vão para a Presidência.
Muitas mudanças que podem justificar algum atraso nos acertos da proposta de Orçamento Regional para 2024.