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Madeira

As coisas que (não) se dizem “em off”

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Foto Miguel Espada/ Aspress

Se Pedro Nunes escrevesse uma crónica sobre o político Sérgio Marques intitulá-la-ia de ”em off”. Uma referência às polémicas acusações do ex-secretário regional Sérgio Marques sobre favorecimento de grupos económicos na Madeira.

Sérgio Marques – que de momento encontra-se a fazer uma pausa ‘sem termo’ – acha que falta um bocadinho sentido de humor na política. Já Pedro Nunes queixa-se de falta de abertura para criticar e ser criticado.

Voltando atrás e dirigindo-se ao advogado, o cronista interroga: “Porque não dar aquela opinião em ‘on the record’ [leia-se abertamente]?”

“Aquelas declarações foram em off, mas quando as assumi, quando fui convocado a falar sobre elas na Assembleia Regional, fi-lo em on e mantenho-as”, declarou Sérgio Marques.

O ex-secretário regional assume-se, aliás, como “coerente”.

“Sempre alertei, mesmo dentro do meu partido, para a importância de separar o poder económico do poder político”, reiterou.

Questionado sobre a existência de promiscuidade entre os grupos económicos e a política, Pedro Nunes ‘chutou a bola’ para Sérgio Marques, “que percebe muito melhor disso”. Não obstante, de reconhecer que “é uma realidade”.

“Diz-se que manda quem é eleito, mas muitas vezes manda quem pode [em termos monetários]”, atirou.

A conversa que contou com várias intervenções do público, inclusive do empresário Carlos Pereira e de Rui Sá, também eles oradores convidados.