Arte quer-se provocadora
A primeira conversa improvável juntou a técnica de turismo e empresária, Patrícia Gomes – mais conhecida como instrutora de danças de varão e de cabaret, sob a sua marca ‘Madeira Creative Activities’ – e o economista e empresário, Rui Sá, que é também o ‘pai’ do Museu de Arte Moderna da Madeira (MAMA).
Duas vozes da arte, num contexto pouco convencional.
Patrícia, mãe de duas jovens adolescentes, diz que se redescobriu na dança, dedicando-se agora a ajudar outras mulheres a recuperar essa auto-confiança.
“Há uma certa obscenidade à volta do conceito do varão, mas talvez noutros meios não seja assim. A Patrícia teve um gesto ousado, no nosso meio que ainda é muito conservador”, avalia o colega de ‘palco’ questionado sobre a sua visão em relação às danças de varão.
Rui Sá, que num contexto de “transição” do Grupo Sá, após o período “difícil” vivido em 2013, abraçou “um projecto ‘fora da caixa’, como este 7 Talks”.
“Para mim a arte tem de ser algo provocador”, motivo pelo qual procura trazer alguma irreverência ao MAMMA. Ainda assim, lamenta a falta de ‘atenção’ por parte do público madeirense. “A cultura quando tem uma vertente privada não é muito acarinhada, nem acompanhada”, assume.
Na mesma linha, Patrícia Gomes reconhece que a maior parte do seu público vem ‘de fora’. “Mais mulheres e mais nómadas digitais”, revela.
Fica o repto, de um e de outro, para conhecer mais sobre as respectivas artes.