Bruno defende Sérgio do destrato de Costa
É com muita ironia e também com muita crítica que o antigo presidente da Junta de São Gonçalo ‘atira-se’ a António Costa por ter chamado “o gajo da Madeira” a Sérgio Gonçalves quando perguntava na reunião da Comissão Política a Carlos César confirmado se se tratava do presidente do PS-M julgando que os microfones da mesa estavam fechados. Bruno Ferreira recorda episódios antigos.
“A todos os madeirenses socialistas, ou não, porque foram com eleições primárias que António Costa assaltou o Partido Socialista a António José Seguro o meu muito obrigado pelo excelente serviço que prestaram ao PSD-M, completamente comprovado com as "excelentes" (sarcasmo), notícias de hoje [ontem], começa por reagir.
No entender do autarca finchalense, Sérgio Gonçalves “não merecia o que aqui veio dizer (…) e não merece a forma como o secretário-geral do PS, António Costa o destratou, hoje”.
Prosseguindo a prosa que redigiu na sua página da rede social: “Dar a cara pelo PS-M é um acto de coragem, talvez até, de alguma insanidade”.
Na opinião do destacado socialista são também por estas reacções que o
PS-M não consegue destronar um regime que vigora há quase meio século levando “porrada” e sendo “asfixiado tudo e todos, inclusive com a conivência do Governo da República, da própria Presidência da República, do ministério público, etc”.
Por não concordar com aquilo que ouviu através da SIC, diz-se “completamente solidário com Sérgio Gonçalves”, e agradece a “coragem de dar a cara, o nome e o corpo pelo PS-M como muito poucos o fizeram, até hoje, em tão pouco tempo de militância”.
Aos “verdadeiros socialistas madeirenses”, deixa uma mensagem uma vez que considera que “este será um excelente tempo de introspecção e de recordar quem está realmente com a Madeira”.
“Se calhar em vez de pensarmos em congressos regionais será tempo de uma moção global ao congresso nacional expor toda a ignorância que Lisboa tem sobre nós, uma moção que corra o país e que os algarvios, alentejanos, nortenhos, de trás-os-montes, etc, percebam o tão centralista que é este primeiro-ministro”, observa, deixando nova farpa a António Costa porque além de Lisboa “tudo o resto é paisagem”.
Conclui a extensa nota e reparo, recordando que, em 2013, António José Seguro, esteve no Funchal para a tomada de posse do executivo, da CMF, liderado por Paulo Cafofo, e “se fosse António Costa secretário-geral do partido esta coligação nunca teria existido e a Madeira nunca teria lugar elegível nas listas às eleições europeias”.