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Dezenas de milhares de manifestantes em Londres pedem fim da ofensiva em Gaza

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Foto EPA

Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se hoje no centro de Londres para exigir que Israel termine a sua ofensiva em Gaza e que o governo britânico interceda para garantir um cessar-fogo na região.

De acordo com a agência espanhola de notícias, a EFE, os manifestantes ocuparam as principais ruas da capital, ao longo do rio Tamisa, depois de uma manifestação semelhante, há uma semana, ter juntado 100 mil pessoas, segundo as estimativas das autoridades.

O protesto, que começou ao meio-dia (mesma hora em Lisboa), deverá terminar em frente a Westminster, depois de passar por Downing Street, a residência e gabinete oficial do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.

O Reino Unido absteve-se, na sexta-feira à noite, na votação da Assembleia Geral da ONU que apelava ao fim das hostilidades na Faixa de Gaza.

A Polícia Metropolitana de Londres mobilizou mais de mil agentes para garantir a segurança da manifestação, depois de ter sido criticada por deputados conservadores, na semana passada, por ter permitido apelos à 'jihad' (luta islâmica) por parte de alguns participantes.

"A guerra tem de acabar e o mundo não pode ficar de braços cruzados enquanto este massacre continua", disse à EFE um dos manifestantes, que se identificou como Ameth, e que considerou que a ofensiva israelita, que se intensificou nas últimas horas, "não vai acabar com a destruição de Gaza pelo Hamas, porque haverá muitos mais Hamas, por isso é preciso resolver o problema, e não se pode fazê-lo através da agressão".

Entre os presentes encontrava-se um grupo de judeus ultraortodoxos, que marcaram presença na multidão envergando os seus característicos "shtreimel" (chapéus redondos) e gritando palavras de ordem contra o sionismo.

"A comunidade internacional tem de fazer com que isto acabe já", disse Shona Harrison, outra manifestante, à EFE, exigindo a libertação dos reféns do Hamas e o fim imediato das operações militares de Israel em Gaza.

"Falar não é suficiente. O mundo inteiro está a ver o que está a acontecer, isto tem de parar agora", concluiu.

O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas desde 2007.

Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, dos quais mais de 3.000 são crianças.