Exército anuncia morte de chefe do Hamas que planeou ataque de 7 de Outubro
O exército de Israel anunciou hoje que um ataque com caças levou à morte do chefe do comando aéreo do Hamas, Ezzam Abu Raffa, que terá participado no planeamento do ataque de 07 de outubro.
"Abu Raffa foi responsável pela gestão dos sistemas de veículos aéreos não tripulados, drones, deteção aérea, parapentes e defesa aérea" do movimento islamita palestiniano, disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês).
"Como parte da sua posição, participou no planeamento e execução do massacre assassino nos colonatos ao redor de Gaza em 07 de Outubro", acrescentou o exército na rede social X (antigo Twitter).
Num outro comunicado, as IDF afirmaram hoje que atingiram cerca de 150 alvos subterrâneos em Gaza, incluindo túneis e postos de combate subterrâneos, levando à morte de vários membros do Hamas.
"Durante a noite, aviões de guerra das FDI atingiram 150 alvos subterrâneos no norte da Faixa de Gaza, incluindo túneis usados por terroristas, locais de combate subterrâneos e outras infraestruturas subterrâneas. Terroristas do Hamas foram mortos", disse o exército.
As IDF tinham anunciado na sexta-feira que iriam ampliar as operações terrestres na Faixa de Gaza, em paralelo com os bombardeamentos que têm atingido o enclave desde 07 de outubro.
O Hamas relatou na sexta-feira estar envolvido em "violentos combates" na Faixa de Gaza com as forças israelitas, que terão feito incursões terrestres em dois setores do território.
"Estamos a enfrentar incursões israelitas em Beit Hanoun (norte) e Boureij (centro) e há combates violentos", indicou o braço armado do Hamas, as brigadas Izz al-Din al-Qassam, em comunicado.
Também na sexta-feira, em Nova Iorque, a Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou, com 120 votos a favor, uma resolução que apela a uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza e à rescisão da ordem de Israel para deslocação da população para o sul do enclave.
Após o ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e 224 reféns, os bombardeamentos israelitas sobre Gaza fizeram, desde então, mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos no território palestiniano.