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Madeira

Sara Madruga da Costa desafia Governo a prorrogar a emissão de licenças na Zona Franca

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A deputada Sara Madruga da Costa desafiou, hoje, o Ministro das Finanças a prorrogar a emissão de licenças na Zona Franca da Madeira a partir do dia 1 de Janeiro de 2024, numa oportunidade em que lembrou que esta situação “já poderia ter sido resolvida em 2020 e em 2021, caso o PS não tivesse inviabilizado as iniciativas legislativas apresentadas pelo PSD para o efeito”.

Na audição regimental ao Ministro das Finanças que teve lugar na Assembleia da República, a deputada lamentou que o Governo da República não tenha entendido resolver este assunto pendente na proposta de Orçamento do Estado para 2024, “uma das propostas de Orçamento mais omissivas de sempre relativamente à Madeira, que omite este e muitos outros dossiers importantes para a nossa Região”, referiu.

“A decisão de omitir a prorrogação da Zona Franca da Madeira neste Orçamento do Estado é grave e prejudica a nossa Região. Trata-se de uma decisão política precipitada e injusta, que se junta à proposta de aumentar brutalmente o IUC ou de alterar o regime dos residentes não habituais”, explicou, sublinhando que “a constante instabilidade legislativa quer em matéria de tributação, quer em matéria de captação de investimento estrangeiro, colocam em causa a credibilidade e a competitividade do nosso País e prejudicam, em muito, a Madeira”.

Sara Madruga da Costa que, dirigindo-se a Fernando Medina, questionou se o seu Governo “está ou não disponível para garantir a emissão de novas licenças na Zona Franca da Madeira a partir de 1 de Janeiro – já que o prazo para a emissão de novas empresas termina a 31 de Dezembro de 2023 – assim como para rever o IUC e para alterar o regime dos residentes não habituais”, lembrando que este regime, agora alterado pelo Governo da República, foi estabelecido há mais de uma década e desempenhou um papel fundamental na atração de investimento estrangeiro, atraindo para Portugal cerca de 80 mil aposentados, empreendedores, quadros empresariais e talentos, incluindo portugueses que regressaram e estão disponíveis para contribuir no desenvolvimento do País.

Refira-se que, face às questões formuladas, o Ministro das Finanças deixou em aberto a resposta a estas reivindicações para o debate na especialidade, embora tenha manifestado a sua disponibilidade em encontrar soluções.