Biden diz não ter exigido que Netanyahu adiasse ofensiva terrestre a Gaza
O Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou hoje não ter exigido ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que adiasse uma eventual ofensiva terrestre à Faixa de Gaza até à libertação dos reféns do movimento islamita palestiniano Hamas.
"Não. A decisão foi deles, eu não a exigi", declarou Biden em resposta a uma pergunta em conferência de imprensa.
"O que eu lhe disse (a Netanyahu) foi que se for possível retirar essas pessoas em segurança, é isso que ele deve fazer", precisou.
Reiterando que Israel tem não só o direito mas também "o dever" de se defender, após o ataque sangrento do Hamas a 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos em território israelita, na maioria civis, Biden acrescentou que o país deve fazer "tudo o que estiver ao seu alcance para poupar os civis" palestinianos.
Observou, contudo, que não "tem confiança" nos balanços de mortos na Faixa de Gaza fornecidos pelos palestinianos.
Segundo as autoridades locais, a forte retaliação israelita matou até agora pelo menos 6.546 pessoas naquele enclave palestiniano pobre desde 2007 controlado pelo Hamas, grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.
O chefe de Estado norte-americano apelou igualmente para que os ataques de colonos israelitas a palestinianos na Cisjordânia "parem de imediato".
Falando na conferência de imprensa em Washington ao lado do primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, Biden referiu-se também à colisão no mar entre navios chineses e embarcações filipinas no mar do sul da China, insistindo no compromisso do seu país em defender as Filipinas, depois de Manila ter acusado a China de se ter tratado de embates "intencionais".
"Qualquer ataque a aviões, navios ou forças armadas das Filipinas terá como consequência a ativação da nossa parceria de defesa mútua", declarou o chefe de Estado Democrata à imprensa.
"O compromisso dos Estados Unidos com as Filipinas é inabalável", sublinhou.