Erdogan acusa Conselho de Segurança da ONU de ter "agravado a crise"
O Presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, acusou hoje o Conselho de Segurança das Nações Unidas de ter "agravado a crise" na Faixa de Gaza ao ser "parcial" e "tendencioso" na análise à situação.
"O Conselho de Segurança agravou a crise com a sua atitude tendenciosa, em vez de pôr fim ao derramamento de sangue, assegurar um cessar-fogo o mais rapidamente possível e tomar medidas para evitar vítimas civis", denunciou o chefe de Estado turco numa declaração emitida por ocasião do 78.º aniversário da ONU.
O Presidente turco, que acusou Israel de "genocídio" contra a população palestiniana de Gaza, acusou também a comunidade internacional de não se opor aos "ataques ilegais e desenfreados do regime israelita contra civis".
"É impossível que uma estrutura que só se preocupa com a punição em massa da população de Gaza dê esperança à humanidade e garanta a paz e a estabilidade mundiais", continuou Erdogan, referindo-se ao Conselho de Segurança, o órgão executivo da ONU.
"As agências da ONU, em particular a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), estão a ser tornadas disfuncionais pelo próprio Conselho de Segurança da ONU", continuou, afirmando que este órgão está, "mais uma vez, a causar os piores danos à reputação da ONU".
Erdogan critica regularmente a composição do Conselho - Estados Unidos, Reino Unido, China, Rússia e França - sublinhando que "o mundo é maior do que estes cinco países".