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Madeira

Criminalidade aumentou na Madeira no ano passado mas está abaixo do nível nacional

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No ano de 2022, as autoridades policiais registaram 6.810 crimes na Região, representando um aumento de 22,4% face ao ano anterior (5.563 crimes), embora a taxa de criminalidade se situe abaixo da média nacional ou dos Açores. Estes dados foram avançados, esta manhã, pela Direcção Regional de Estatística, juntamente com outras informações fornecidas pela Direcção Geral de Política de Justiça.

Os crimes com maior importância relativamente ao total de crimes registados foram os crimes contra pessoas e contra o património, que apresentaram valores de 2.267 e 2.533 crimes, respectivamente, representando no seu conjunto 70,5% do total. Comparativamente com 2021, os “crimes contra o património aumentaram 27,6%, enquanto os crimes contra pessoas decresceram 1,3%.

Por município, os resultados indicam que mais de metade dos crimes registados na Região, em 2022, ocorreram no Funchal (3.601 crimes; 52,9% do total), seguido dos municípios de Câmara de Lobos (897 crimes; 13,2%), Santa Cruz  (676 crimes; 9,9%) e  Machico (485 crimes; 7,1%).

Em 2022, a taxa de criminalidade, que corresponde ao rácio do número de crimes pela população residente (em milhares), situou-se em 26,9‰, superior à registada em 2021 (22,0‰). A Direcção Regional de Estatística realça que esta taxa “foi substancialmente inferior” à média nacional (32,8‰) e ao valor registado na Região Autónoma dos Açores (40,6‰). Na Madeira, as taxas mais elevadas foram observadas nos crimes contra o património (10,0‰) e nos crimes contra a integridade física (5,9‰).

Por município, a taxa mais baixa foi observada na Calheta (13,5‰) e a mais elevada no Porto Santo (46,6‰). Para além deste último município, o Funchal (33,8‰) e Câmara de Lobos (27,7‰) apresentaram taxas superiores à média regional.

Em 2022, as autoridades policiais identificaram e registaram 1.018 lesados/ofendidos de crimes de violência doméstica contra o  cônjuge (ou análogo) na Região, mais 66 do que no ano  precedente (952 pessoas). O ano de 2015 foi aquele que registou o valor mais alto da  série (1.240 pessoas). Cerca de três em cada quatro destes lesados/ofendidos identificados  eram mulheres. Um total de 678 (66,6%) dos lesados/ofendidos foram identificados no Funchal e 74 (7,3%) na Ribeira Brava.