Hino ao futebol
No DIÁRIO cabem todos os que no desporto-rei valem pelo que fazem e não pelo emblema que ostentam
Boa noite!
A gala de futebol madeirense realizou-se hoje no Centro de Congressos. Foi bonita a festa daqueles que estão verdadeiramente comprometidos com a afirmação contínua do desporto-rei na Madeira. E sobretudo foi edificante a postura elegante de atletas, treinadores, dirigentes e demais protagonistas da modalidade onde nem sempre é exibida a qualidade dos desempenhos, nem acarinhados os méritos e os talentos dos bem sucedidos.
Atribuídos os prémios cruzamos impressões. Fiz questão de perceber o que ia na alma dos membros de uma das claques do Marítimo, até porque nos tempos de universidade liderei a malta que saía de Lisboa de madrugada para percorrer o País de 15 em 15 dias a apoiar a equipa da Madeira, embora depois, já jornalista, tivesse sido insultado com direito a tarja gigante nos Barreiros só porque houve quem não gostasse de determinada notícia. Junto dos Fanatics 13 senti que o reconhecimento com o ‘cartão branco’ é bem mais do que incentivo à continuidade no suporte ao clube, onde quer que esteja. É acima de tudo um apelo a que os madeirenses puxem primeiro pelos seus, de forma ordeira, criativa e entusiasmada, de modo a que os emblemas insulares voltem em breve a estar entre os grandes.
Junto de um dos árbitros convidados para a gala senti que devemos inclui-los, a par dos craques do futebol jovem, nos prémios da época em curso, o que faremos com toda a certeza. Junto dos atletas, técnicos e dirigentes que receberam a distinção senti gratidão sincera e apreço pela iniciativa co-organizada pelo DIÁRIO e pela Empresa de Cervejas da Madeira.
Manteremos vivo este momento tentando ser justos e consequentes. Não nos fiaremos no golpe de vista, até porque temos visão periférica, a mesma que não se limita ao importante sempre que é possível mediatizar o que é interessante e ao problema sempre que há solução. Até porque não fazemos jornalismo com os pés, mesmo que por vezes nos rasteirem, carreguem pelas costas e forcem o fora de jogo. Até porque nossa grande área tem mais do que quatro linhas. E acima de tudo tem audiências todo o dia, todos os dias, em todo os lugares. E, claro, muitos árbitros.
Por isso, no nosso projecto editorial cabem todos e todos continuarão iguais porque valem pelo que fazem e não pelo nome ou emblemas que ostentam. Só assim podemos ser credíveis e ter valor. E o que tem valor, tem preço!
O DIÁRIO tem 147 anos feitos e ainda joga. Daí que, no final da época em curso, voltaremos a distinguir a dedicação, o mérito e o talento. Outra vez exigentes, a exemplo daqueles que nos pedem, em cada instante, determinação e empenho para que a sociedade madeirense possa ter todos os dias informação com valor, atletas e treinadores de reconhecido mérito e, quem nos dera, clubes de primeira, pois o nosso lugar colectivo, na vida como no futebol é no topo, onde ainda está, para orgulho de todos, o nosso melhor do mundo.