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Livro dá a conhecer aventura do aviador madeirense José Costa

‘Madeira’s First Aviator’, de José Luís Sousa Freitas, foi apresentado hoje, na Quinta Magnólia

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Obra é apoiada pela regional de Turismo e Cultura, através da Direcção Regional da Cultura

Decorreu, esta tarde, na Quinta Magnólia – Centro Cultural, no Funchal, o lançamento do livro ‘Madeira’s First Aviator’. A obra, fruto do trabalho de pesquisa de José Luís Sousa Freitas, dá a conhecer a história de José (Joseph) Costa, um aviador madeirense, que ficou conhecido internacionalmente como pioneiro da era de ouro da aviação.

Joseph Costa nasceu no Caniço, em 1909, e com seis anos de idade emigrou com a família para os Estados Unidos, radicando-se em Corning, no Norte do Estado de Nova Iorque. Em 1929, tornou-se no primeiro local brevetado para voar e, ao longo das sete décadas seguintes, foi piloto, instrutor, inspector da Federal Aviation Administration (FAA), reparador e revendedor de aeronaves. Foi ainda proprietário do primeiro aeroporto baptizado com o nome de um madeirense.

“Publicamente nós estamos mais engrandecidos, ficámos mais cultos, mais informados e, acima de tudo, com mais capacidade de fazer coisas, sabendo desta grande aventura de Joseph Costa”, enalteceu Eduardo Jesus, que marcou presença na apresentação do livro, apoiado pela sua secretaria, através da Direcção Regional da Cultura.

“A função do Governo passa muito por isto, por apoiar projectos com valia, como é este o caso”, sublinhou o governante com a pasta do Turismo e Cultura, assegurando que o seu executivo estará “sempre pronto” para apoiar trabalhos desta natureza.

Refira-se sobre o autor do livro que José Luís Sousa Freitas – natural de Santa Cruz, onde nasceu em 1977 – não é historiador. É licenciado em Engenharia Informática e de Computadores e doutorado em Sustentabilidade Social e Desenvolvimento. A sua experiência profissional centra-se no sector Aerospacial. É um entusiasta da aviação (tendo feito o seu primeiro voo antes de completar dois anos de idade) e possui ainda qualificação de piloto privado de avião.

“A história não se faz apenas com uma linha de orientação da investigação que possa ser tida em consideração como a mais clássica. Interessa pegar em apontamentos da história, em momentos da história e trazê-los ao nosso quotidiano. Este é um bom exemplo disso (…). [José Luís Sousa Freitas] deixou-nos um bom testemunho da história. Isso tem acontecido aqui na Madeira ao longo dos tempos, permitindo também o nosso envolvimento”, apontou a propósito Eduardo Jesus, recordando que “têm sido várias as publicações (…) que nos têm trazido uma série de temas de grande interesse, que são explorados desta mesma forma, pelo entusiasmo pessoal de quem o descobre, de quem o quer fazer crescer, mas que depois acaba por dividir com a sociedade”.

O secretário regional de Turismo e Cultura – que admitiu, até então, desconhecer a história de Joseph da Costa – reforçou a importância de saber tratar este episódio da história regional “para o futuro, engrandecendo, mas acima de tudo tomando-o como referência”. “É uma boa referência que fica para a nossa história”, enfatizou.

Por outro lado, lembrou que “nós dependemos da aviação para aceder à Região Autónoma da Madeira”, pelo que “é muito importante (…) sabermos que este era um desejo antigo, que era uma visão que alguém tinha no princípio longínquo do século passado”. Isto numa altura em que a Madeira está ligada aos Estados Unidos, com voo directo há um voo directo entre Nova Iorque e o Funchal.