Grupo D'Improviso representou Madeira nos Açores
O grupo D'Improviso, composto por Humberto Jesus (Rabeca/Violino), Francisco Jesus (Canto, Viola de Arame e Harmónica), Gilberto Reis (Canto e Rajão) e Roberto Moniz (Canto e Viola d’Arame), representaram a Madeira nos Açores através do canto tradicional improvisado.
Os representantes da Região abriram a X Edição da Festa dos Cantadores e Tocadores ao Desafio, nos Açores, que se realizou no passado dia 21 de Outubro, na freguesia da Candelária, onde apresentaram os géneros de canto tradicional improvisado, nomeadamente, Charamba e Despique/Bailinho.
Neste evento, os representantes da Madeira, que contagiaram o público com a sua alegria e talento, também tocaram com
brio os cordofones (viola de arame e rajão), Rabeca (violino) e
harmónica (concertina).
Para Roberto Moniz, responsável pela comitiva madeirense, "esta foi mais uma experiência significativa no sentido de criar modelos e divulgar a nossa cultura no âmbito do canto improvisado. Uma área que está em progressão na nossa Região, nomeadamente através da Associação Xarabanda e da EB/PE/Creche Dr. Alfredo Ferreira Nóbrega Júnior – Camacha, que conjuntamente têm realizado acções de sensibilização e formação".
A parceria e o trabalho conjunto, que vem sendo desenvolvido com várias associações de canto tradicional improvisado, no Alentejo, Viana do Castelo, Galiza e Açores, tem tido um papel preponderante na motivação de novos praticantes, assim como, na promoção e valorização do património imaterial da Região, relacionado com o repentismo.
Através de uma nota dirigida à imprensa, o formador e repentista apela ainda que todos os que gostam de improviso e que o queiram praticar, ou tenham filhos interessados nesta prática, procurem a Associação Musical e Cultural Xarabanda na sua sede no Funchal e/ou no Núcleo de Santa Cruz, no edifício da antiga 'Creche o Castelinho', junto à Protecção Civil de Santa Cruz.
Roberto Moniz refere ainda que há também um propósito de criar públicos nesta área que acarinham os improvisadores da Madeira e Porto Santo, dando-lhes força e motivação para continuar com a tradição do Charamba e do Despique, e até quem sabe reavivar outros géneros, tais como a Mourisca, a Meia-volta e as Pegadinhas, estas últimas uma forma de se divertir, mais relacionada com o público mais jovem, cantando de improviso.