Presidente mexicano pede cooperação latino-americana
O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, apelou ontem a um trabalho conjunto para enfrentar o fenómeno migratório e ofereceu cooperação aos seus homólogos latino-americanos, reunidos numa cimeira sobre migração em Chiapas, estado fronteiriço no sul do México.
"O 'Encontro de Palenque, por uma vizinhança fraterna e com bem-estar' é um apelo à união de esforços, vontades e recursos para enfrentar as causas do fenómeno migratório. Esta é uma questão humanitária na qual temos de trabalhar em conjunto", afirmou López Obrador nas redes sociais.
O líder mexicano partilhou uma fotografia com os presidentes de Cuba, Miguel Díaz-Canel, das Honduras, Xiomara Castro, da Colômbia, Gustavo Petro, e da Venezuela, Nicolás Maduro, bem como com o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry.
"Presidenta, presidentes e primeiro-ministro: contem com a nossa cooperação em tudo o que for necessário", concluiu López Obrador na sua breve declaração.
A cimeira sobre migração começou à porta fechada em Palenque, às 12:00 (19:00 em Portugal continental), com a presença também da ministra dos Negócios Estrangeiros do Panamá, Janaina Tewaney; do vice-presidente de El Salvador, Felix Ulloa; do vice-primeiro-ministro de Belize, Cordel Hyde; e da segunda vice-presidente da Costa Rica, Mary Munive.
O México também esperava a presença de ministros e chanceleres do Equador e da Guatemala.
A cimeira sobre migração ocorre no momento em que o México e a América Central assistem a um fluxo migratório "sem precedentes", de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), com até 16.000 migrantes a chegar diariamente às fronteiras mexicanas, segundo López Obrador.
Na reunião, o líder mexicano procura uma proposta comum a ser apresentada ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em novembro.