“Posso dar-lhe um abraço?”
Há momentos gratificantes na nossa missão de informar. Hoje, na Universidade Sénior do Funchal, rejuvenesci
Boa noite!
Na missão de informar para que o maior número de cidadão tenha os dados necessários e úteis de modo a fazer escolhas conscientes e acertadas nem sempre somos entendidos. Muito porque há gente quem tem dificuldade em compreender os universos que não domina ou aquilo que nunca experimentou.
Mas há excepções que nos reconfortam, mesmo quando a crítica desponta sem filtro, mas acaba por ser pedagógica, mesmo quando a ignorância atrevida nos obriga a reflectir, mesmo quando o inesperado ganha uma dimensão humana.
No âmbito das actividades programadas pela Divisão de Longevidade, Bem-Estar e Envelhecimento Activo do Departamento de Educação e Valorização Social da Câmara Municipal do Funchal, tive hoje a oportunidade de me cruzar com aqueles que na Universidade Sénior do Funchal quiseram saber mais sobre jornalismo. Mais do que teorias, contei-lhes momentos de uma vida preenchida e dedicada à informação e mostrei-lhes como podem ser actores no processo mediático. Alertei para os perigos e riscos da era voyeurista, para as mentiras em curso e para os ódios em rede, mas sobretudo agradeci-lhes a atenção dispensada, como sempre faço, com esta imagem.
Para quem apenas ia à disciplina ‘Arquipélago de Ideias’ apostado em gerar interactividade, esclarecer dúvidas e combater alguma iliteracia mediática, sentir gratidão alicerçada no repto “Posso dar-lhe um abraço?” feito por uma senhora que nos incentiva a ser resilientes é ganhar o dia. Trazer calorosas saudações aos meus companheiros de luta é robustecer o compromisso com a verdade. Trazer para a profissão os anseios de gente que pede rigor, qualidade e firmeza é renovar o pacto com todos aqueles que servimos, dando notícias, sendo solidários ou tendo algum tempo para ouvir e falar, para analisar e fazer acontecer.
Faz-nos falta parar mais vezes, saindo das habituais zonas de conforto, de modo a recentrarmos o foco e interiorizarmos a grandeza do que nos pedem em cada instante. Se o fizermos rejuvenescemos com os mais velhos e amadureceremos com os mais novos. Obrigado gente da minha ilha!