Investigação premiada com o Nobel da Medicina já tinha sido distinguida em Portugal
Os cientistas hoje distinguidos com o Prémio Nobel da Medicina já tinham sido agraciados em Portugal no ano passado pela mesma investigação através da Fundação Bial, recordou a instituição ao felicitar os premiados.
Num comunicado, além de se congratular e felicitar "os prestigiados cientistas", a Fundação Bial recorda que o Nobel da Medicina 2023 distingue os premiados em 2022 com o "Bial Award in Biomedcicine".
O prémio Nobel da Medicina foi atribuído a Katalin Karikó e a Drew Weissman por descobertas que permitiram o desenvolvimento de vacinas mRNA eficazes contra a covid-19, anunciou hoje a academia.
Nobel da Medicina atribuído a descobertas que levaram à vacina da covid-19
O prémio Nobel da Medicina foi atribuído a Katalin Karikó e a Drew Weissman por descobertas que permitiram o desenvolvimento de vacinas mRNA eficazes contra a covid-19, anunciou hoje a academia.
A distinção pelo trabalho de investigação focado na tecnologia mRNA, usada nas vacinas da Pfizer-BioNTech e da Moderna para prevenir a covid-19, venceu em fevereiro do ano passado a segunda edição do prémio de biomedicina da Bial.
Concretamente, de acordo com o divulgado na altura, em 18 de fevereiro de 2022, o Prémio Bial de Biomedicina 2021 foi atribuído a um estudo pré-clínico de uma vacina contra o vírus Zika baseada na tecnologia genética de ARN mensageiro, utilizada em duas vacinas para a covid-19.
O estudo, publicado em 2017, foi conduzido por uma equipa liderada pelo imunologista norte-americano Drew Weissman, que inclui a bioquímica húngara Katalin Karikó, vice-presidente da BioNTech e autora da patente na qual se baseia a vacina contra a covid-19 criada em conjunto pela empresa biotecnológica alemã e a farmacêutica norte-americana Pfizer.
Em declarações então à Lusa, o imunologista norte-americano Drew Weissman falou das vacinas contra a covid-19 cada vez mais potentes e reconheceu que o trabalho que liderou não teve continuidade, assinalando que "o esforço para desenvolver uma vacina contra o Zika foi bastante reduzido" com o fim da epidemia com este vírus.
Contudo, realçou a "enorme potencialidade" da tecnologia de mRNA para "muitas doenças infecciosas, autoimunes e cancro".