“Moribundo” o PSD foi “obrigado a encontrar muletas para se conseguir manter de pé”
Sérgio Gonçalves destaca o “desejo colectivo de mudança” que confirmou o fim da maioria absoluta do PSD
Assumindo responsabilidades por não ter atingido os objectivos definidos, Sérgio Gonçalves anunciou esta tarde que vai cumprir o mandato (dois anos) de presidente dos socialistas madeirenses, mas assegurando que não será (re)candidato nas próximas eleições internas do PS/Madeira, que deverão ocorrer no segundo trimestre do próximo ano.
“Cumprirei até ao fim o meu mandato como presidente do PS/Madeira mas não serei recandidato à liderança do PS/Madeira nas próximas eleições internas”, declarou na conferência de imprensa realizada na sede do partido no Funchal, perante meia dúzia de dirigentes, entre os quais o secretário-geral, Gonçalo Aguiar, e Rui Caetano, líder do Grupo Parlamentar.
O líder e cabeça de lista socialista às eleições regionais diz ter tomado a decisão após “reflexão profunda, ponderada” ao resultado eleitoral, sendo certo que continua “a ter a certeza que o PS tem o melhor projecto para a Madeira, com soluções concretas para os problemas dos madeirenses”.
Uma semana após as eleições Regionais 2023, Sérgio Gonçalves considera que “o que marcou” a recente campanha eleitoral “foi um desejo colectivo de mudança que permitiu confirmar o fim de uma maioria [absoluta] do PSD”, partido que diz estar “moribundo, que se viu obrigado a encontrar muletas para se conseguir manter de pé e parece que em política vale tudo para permanecer no poder”, criticou.
Agradeceu aos madeirenses que confiaram o voto no PS, convicto que está criada “uma dinâmica de mudança que se fará sentir nos próximos actos eleitorais”.
O líder socialista madeirense, a partir de agora ‘a prazo’, deixou a garantia que manterá “o mesmo sentido de responsabilidade e de seriedade” na política, deixando ainda a garantia que irá “continuar na Assembleia Legislativa da Madeira a desempenhar o trabalho para o qual quase 29 mil eleitores me elegeram”, afirmou. “Continuarei a batalhar para as soluções que defendo para o futuro da Madeira”, reforçou.
Assegurou que “a Madeira está sempre em primeiro lugar e que o PS representa um futuro melhor para a Madeira”, ao deixar claro que “o partido estará sempre acima de qualquer individualidade”.
Reiterou que continuará “disponível” para o partido, confiante que no futuro o PS/M “continuará no caminho de afirmação como a única alternativa”, e concluir que “só o voto no PS pode mudar a Madeira”.