Chega-Madeira apela para uma distribuição "mais justa e equitativa" dos lucros gerados pelo Turismo
O Chega-Madeira, em reacção à manchete desta segunda-feira, 2 de Outubro do DIÁRIO, que dá conta que este Inverno há mais de um milhão de lugares em voos reservados para Região, o partido apela à "necessidade de medidas que assegurem que o crescimento turístico" registado não constitua uma "fonte de riqueza apenas para os grandes grupos hoteleiros, mas, pelo contrário", que potencie "um aumento na qualidade de vida dos milhares de trabalhadores que, com a sua entrega e profissionalismo, sustentam o sector".
“Temos vindo a assistir, nos últimos, à criação de uma espécie de escravatura no sector da hotelaria, pois os trabalhadores do sector são explorados até ao limite, são obrigados a cumprir horários pesados, são forçados a assumir funções que não estão necessariamente enquadradas nos seus contratos de trabalho, mas, no fim do mês, não veem o seu esforço devidamente recompensado. Pelo contrário, a precaridade e a ausência de condições dignas de trabalho continuam a ser a nota dominante de um sector que tem todas as condições para tratar os seus colaboradores de forma muito melhor, pois gera lucros suficientes para esse efeito", disse Miguel Castro, líder do partido e deputado-eleito para a nova legislatura.
De forma a corrigir esta situação, exulta o Governo Regional a promover medidas que não só assegurem uma distribuição "muito mais justa e equitativa dos lucros gerados" por este sector, mas também viabilizem uma "maior estabilidade e dignidade profissional para aqueles que trabalham na hotelaria", refere a nota enviada.
Para o Chega, enquanto tais medidas não forem assumidas e implementadas, existirá um "sistema de exploração que hoje caracteriza o quotidiano de muitos trabalhadores da hotelaria". Segundo o líder do partido, “a riqueza milionária gerada pelo Turismo tem de ter um efeito prático na vida de quem sustenta o sector e isso só será conseguido se for colocado um fim à precaridade e se forem aumentados os salários. Aliás de nada servem os prémios e as taxas-recorde de ocupação se o povo continua a viver na miséria, enquanto os grandes grupos e os mesmos de sempre lucram descaradamente", conclui.