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Madeira

Bloco de Esquerda quer aumento dos salários "para combater pobreza"

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O Bloco de Esquerda (BE) Madeira quer aumento dos salários para combater pobreza. Foi isso que vincou, esta qurta-feira, numa comunicado de imprensa, assinado pela porta-voz, Dina Letra.

"Ainda ontem foram divulgados os números da pobreza e da exclusão social em Portugal, onde se inclui, naturalmente, a RAM", começam por referir os bloquistas, deixando, depois, outra ideia:

"Sabemos que são dados de 2021, portanto ainda nem têm em conta o brutal aumento do custo de vida devido à inflação e à subida das taxas de juro do crédito à habitação, que desde 2022 têm vindo sempre a subir e a empobrecer cada vez mais todas e todos os madeirenses e porto-santenses. E o que os números nos dizem é que temos um problema de pobreza que é grave, que está a crescer, que é estrutural na nossa Região, e que há um acentuar das desigualdades. E isto também acontece porque temos uma economia assente num modelo de baixos salários".

"Para além da tragédia social de haver 30% da população madeirense em risco de pobreza, há um outro dado relevante que é o elevado número de trabalhadores que são pobres e cujo salário não chega para cobrir as suas despesas básicas mensais, como alimentação, pagar a conta da água e da luz", observa o BE-Madeira

"E já não estamos a falar apenas de quem recebe o salário mínimo, que são cada vez mais os madeirenses nesta situação", lembra, garantindo que "isto é inaceitável". "Não é aceitável nem justo que quem trabalha não receba o suficiente para fazer face ao custo de vida", acrescenta.

"Não é aceitável nem justo que o preço do cabaz alimentar esteja sempre a subir e os ordenados não acompanhem esses aumentos, ainda para mais numa altura em que a economia também cresce de forma consistente. Há aqui um responsabilidade acrescida quer do Governo Regional quer das empresas para aumentar salários. Todos os salários e não apenas o salário mínimo. Há excedente orçamental, há lucros significativos por parte das empresas", garante o Bloco.

A coordenação do BE-Madeira deixa ainda outra garantia: "É preciso respeito por quem trabalha e produz a riqueza na nossa região. E a valorização dos salários é um factor determinante para inverter o ciclo de pobreza e combater as desigualdades. Por isso, e porque há capacidade económica para o fazer, o Bloco de Esquerda irá propor na Assembleia Legislativa Regional o aumento do salário mínimo a praticar na Madeira para os 945 euros. São mais 5% do valor que o Bloco levará à discussão do Orçamento do Estado"

"Mas queremos também frisar que não é apenas o salário mínimo que deve subir. Os salários médios estão estagnados há vários anos em diversas categorias, quer no sector público quer no sector privado. Compete às empresas e o Governo melhorar as condições dos seu trabalhadores e subir salários", conclui.