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Ataque de Bruxelas direccionado à população sueca e sem cúmplices

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Foto AFP

O primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, anunciou hoje que as investigações preliminares indicam que o ataque de segunda-feira em Bruxelas foi direcionado à população sueca e até agora não há indícios de que haja cúmplices.

"Tomámos medidas desde o primeiro momento. Protegemos logo locais que podiam estar ligados à Suécia, as embaixadas e outros sítios. Vamos continuar a fazê-lo até sabermos que não persiste a ameaça", disse o primeiro-ministro belga, em conferência de imprensa conjunta com o homólogo sueco, Ulf Kristersson, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Dois cidadãos suecos que, presumivelmente, iriam assistir ao encontro entre a seleção de futebol belga e a sueca morreram baleados na segunda-feira à noite por um homem que a polícia belga acabou por matar na manhã seguinte, num ataque reivindicado em nome do grupo terrorista Estado Islâmico.

Alexander De Croo acrescentou que o ataque de segunda-feira "tinha especificamente como alvo a população sueca" e que "hoje a suspeita é de que a pessoa agiu sozinha".

"Mas continuamos a investigar. Os nossos serviços estão em contacto com os suecos, há partilha de informação. Somos parceiros nisto como europeus. Isto foi um ataque contra cidadãos suecos, na Bélgica. Isto é europeu na sua essência", completou.

O primeiro-ministro da Bélgica considerou que os 27 necessitam de mais instrumentos para assegurar que as pessoas que requeiram asilo e cujo pedido seja rejeitado abandonem as fronteiras da União Europeia (UE).

Ulf Kristersson disse que o suspeito do ataque de segunda-feira já tinha estado detido na Suécia: "A partilha dessa informação teria sido útil para a Bélgica".

Ursula von der Leyen insistiu que os países da UE têm de poder expulsar imediatamente pessoas consideradas perigosas e referiu uma das novidades no pacto das migrações, que tantas dores de cabeça tem dado à Comissão e ao Conselho Europeu: "Assim que um pedido de asilo seja rejeitado num dos países, é rejeitado em toda a UE".

Os dois primeiros-ministros juntaram-se no pedido de maior troca de informação entre os Estados-membros sobre pessoas consideradas perigosas.