Mais de três mil mortos em Gaza sem balanço de ataque a hospital
A ONU elevou hoje para mais de três mil o número de mortos na Faixa de Gaza desde que Israel respondeu ao ataque do Hamas de 07 de outubro com o bombardeamento do enclave palestiniano.
Numa atualização diária sobre o conflito, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla inglesa) disse que não conseguiu contabilizar as vítimas do ataque ao hospital Al Ahli, na terça-feira.
As autoridades de saúde do território controlado pelo grupo islamita Hamas disseram que o ataque ao hospital provocou pelo menos 500 mortos.
Israel negou ter sido responsável pela explosão no hospital situado no norte de Gaza, que atribuiu à milícia palestiniana Jihad Islâmica.
O OCHA disse que 853 crianças estão entre os mais de três mil mortos contabilizados na Faixa de Gaza, segundo a agência espanhola EFE.
Os bombardeamentos israelitas por terra, mar e ar mataram 192 pessoas no último dia, antes do ataque ao hospital Al Ahli, disse a ONU.
"Centenas de vítimas adicionais podem estar presas nos escombros", admitiu o gabinete de coordenação humanitária, que teme que os corpos possam causar epidemias e problemas ambientais.
A ONU também manteve o número de deslocados internos em Gaza em mais de um milhão, dos quais cerca de 352 mil permanecem em escolas no centro e no sul do território geridas pela missão da organização.
Segundo a ONU, foram atacadas zonas do sul de Gaza para onde as autoridades israelitas tinham ordenado que se deslocassem os refugiados, o que criou o caos e levou famílias a regressar a zonas mais a norte.
A Faixa de Gaza sofreu sete dias de falta total de eletricidade, o que reduziu ao mínimo as operações em muitos hospitais, acrescentou.
A atual guerra entre Israel e o Hamas começou em 07 de outubro, quando operacionais do grupo palestiniano fizeram uma incursão sem precedentes em território israelita e mataram mais de 1.400 pessoas, segundo as autoridades de Telavive.