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Borrell pede apuramento claro da responsabilidade por ataque a hospital de Gaza

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O alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, exigiu hoje que se esclareça claramente a responsabilidade pela explosão num hospital de Gaza que, de acordo com o movimento islamita Hamas, provocou 500 mortos.

"As notícias do hospital (...) em Gaza acrescentam horror à tragédia que se desenrola diante dos nossos olhos há dias", destacou Borrell, através da rede social X (antigo Twitter).

O chefe da diplomacia europeia defendeu que "a responsabilidade por este crime deve ser claramente estabelecida e os autores devem ser responsabilizados".

E lamentou que, "mais uma vez, os civis inocentes paguem o preço mais alto".

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, frisou hoje que "um ataque contra civis não está em conformidade com o direito internacional".

Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, evitou avaliar o ataque, alegando que precisava de confirmar o ocorrido.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo movimento Hamas, disse hoje que pelo menos 500 pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita a um hospital onde se encontravam civis feridos e em busca de abrigo.

O Exército israelita atribuiu, por sua vez, à organização palestiniana Jihad Islâmica o ataque que atingiu um hospital em Gaza e que, de acordo com o movimento islamita Hamas, provocou 500 mortos.

"De acordo com informações de inteligência, baseadas em diversas fontes que obtivemos, a Jihad Islâmica é responsável pelo ataque fracassado de foguetes que atingiu o hospital", realçou o Exército israelita, em comunicado.

A Jihad Islâmica é outra organização islamita armada presente na Faixa de Gaza, que também é alvo de bombardeamentos israelitas no território palestiniano na guerra entre Israel e o Hamas.

A Autoridade Palestiniana e a Liga Árabe e países como Egito, Turquia, Jordânia ou Omã condenaram o ataque, atribuindo, de forma geral, a responsabilidade a Israel e instando o Estado judeu a terminar com os ataques a Gaza.

Na Faixa de Gaza, e o conflito entre o Estado judaico e as milícias do enclave iniciado em 07 de outubro já provocou pelo menos 3.000 mortos entre a população palestiniana, segundo dados do ministério da Saúde, que se refere a mais de 12.500 feridos.

Na Cisjordânia ocupada, as forças israelitas já mataram pelo menos 50 palestinianos, para além de centenas de feridos e pelo menos 200 detenções.

O ataque surpresa do Hamas em 07 de outubro terá provocado em Israel mais de 1.400 mortos, na maioria civis.