PM sueco admite que país nunca esteve tão ameaçado como nos dias actuais
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, afirmou hoje que o país nunca esteve tão ameaçado como no momento atual, um dia após dois suecos terem sido mortos e outro ter ficado ferido num ataque em Bruxelas.
"Nunca, na história recente, a Suécia e os interesses suecos estiveram tão ameaçados como nos dias atuais", declarou Kristersson durante numa conferência de imprensa.
"Tudo indica que se tratou de um ataque terrorista dirigido à Suécia e a cidadãos suecos simplesmente pelo facto de serem suecos", sublinhou Kristersson, referindo-se ao ataque em Bruxelas.
O primeiro-ministro sueco também confirmou que o suspeito foi morto numa operação da polícia belga e que o indivíduo terá "atuado sozinho".
Segundo Kristersson, o suposto autor do crime em Bruxelas esteve ocasionalmente na Suécia, mas acrescentou que o homem -- o tunisino Abdesalem L., de 45 anos - não era conhecido da polícia sueca.
O primeiro-ministro sueco reuniu-se hoje com todos os líderes partidários do país para discutir o ataque, informou a agência de notícias TT.
Duas pessoas morreram baleadas e uma outra ficou ferida na segunda-feira à noite, no dia em que as seleções nacionais de futebol da Bélgica e a da Suécia jogavam em Bruxelas. O jogo de futebol não recomeçou depois do intervalo.
A Procuradoria Federal belga afirmou que o agressor, que usava uma motorizada, seguiu alguns adeptos de futebol suecos que entraram num táxi. Em seguida, abriu fogo contra estas pessoas quando saíam do veículo num cruzamento.
Um dos mortos é sueco, outro é de origem sueca, mas também tinha bilhete de identidade suíço. A terceira vítima, gravemente ferida, também é de origem sueca, segundo o procurador federal belga Frédéric Van Leeuw.