Zelensky pede a ucranianos e aliados que mantenham fé na vitória
O Presidente da Ucrânia assinalou hoje os 600 dias do início da invasão russa com apelos aos ucranianos e aos aliados para que continuem unidos e confiem na capacidade do país para vencer a guerra.
"A questão é não perder tempo. Não perder a unidade. Não deixem que as dúvidas corroam a vontade", escreveu Volodymyr Zelensky nas redes sociais, citado pela agência espanhola EFE.
A visibilidade internacional da guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022 diminuiu consideravelmente depois do ataque do grupo islamita Hamas contra Israel, em 07 de outubro.
Desde então, a atenção dos 'media' e de muitos dirigentes e organizações internacionais tem estado voltada para a guerra entre Israel e o Hamas, que provocou milhares de mortos e um milhão de deslocados na Faixa de Gaza.
Zelensky divulgou a mensagem quando o inverno se aproxima e a Ucrânia não conseguiu fazer os progressos esperados na contraofensiva que lançou no início de junho, depois de receber novo armamento dos aliados.
Kiev também está a enfrentar a oposição de parte do Partido Republicano norte-americano, que conseguiu deixar de fora a ajuda à Ucrânia da última extensão do orçamento aprovada no Congresso.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou no fim de semana, numa entrevista à televisão CBS, que Washington tem capacidade para lidar com duas guerras ao mesmo tempo, numa indicação de que continuará o apoio à Ucrânia.
Já o Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje a uma televisão chinesa que a contraofensiva de Kiev não produziu resultados e que o exército ucraniano registou "enormes perdas" nos últimos meses.
Na mensagem alusiva aos 600 dias de guerra, Zelensky agradeceu a "todos aqueles que lutam e trabalham pela liberdade da Ucrânia".
Homenageou também "a memória de todos aqueles que deram a vida para preservar a nação" e apelou aos combatentes para que continuem a "esmagar o ocupante todos os dias".
Pediu ainda aos compatriotas e à comunidade internacional que continuem "a fazer tudo o que for possível para garantir que o futuro dos ucranianos pertence apenas aos ucranianos".
Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra da Rússia contra a Ucrânia, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.