DNOTICIAS.PT
Madeira

Chega quer "pôr dinheiro ao serviço da população"

Representação do partido na Região defende medidas de desenvolvimento económico

Foto DR/Chega-Madeira
Foto DR/Chega-Madeira

Chega-Madeira não acredita que "a Madeira é a ultraperiferia mais rica das nove regiões ultraperiféricas da Europa", como "certa comunicação social anuncia, hoje", reage o partido em nota de imprensa esta manhã. E admiram-se que a Região é, "portanto, a que está mais próximo de atingir as médias de desenvolvimento europeu. Sem negar o trabalho que é feito pelos trabalhadores madeirenses para ajudar a economia a crescer e garantir a competitividade do tecido produtivo local, o grupo parlamentar do Chega-Madeira lamenta que o governo regional continue a apostar em expedientes publicitários, promovendo a informação que mais lhe convém 'nos canais que lhe são favoráveis', em vez de falar à população 'com honestidade e transparência'", atiram.

O presidente do partido na Região, Miguel Castro, diz mais: "Começamos a semana com mais um exercício de publicidade da parte do governo regional, que deveria empenhar-se mais na governação e no apoio às populações, do que em fazer leituras muito tendenciosas dos factos, que todos sabemos não correspondem à realidade da vida dos madeirenses e portosantenses, que não se sentem europeus ricos, mas sim europeus explorados."

Masi em concreto, o também líder da bancada parlamentar do Chega realça "três ideias sobre a informação estatística disponível para comprovar que o governo regional, também no que toca à economia, 'tenta promover, a todo o custo, uma falácia', a qual, na sua opinião, constitui um desrespeito para com os madeirenses de bem, que trabalham e pagam os seus impostos". E realça: "O que o governo regional devia ter realçado é que a riqueza per capita da Região é 30% inferior à média da Europa, o que quer dizer que os nossos cidadãos são muito mais pobres que os europeus. O governo devia também ter realçado que há uma marcada concentração da riqueza nas mãos de certos grupos económicos, que são, aqueles que têm ligações mais fortes ao poder político e que não fazem uma redistribuição justa do capital gerado pelos madeirenses e obrigam a Região a ser uma zona de baixos salários e precaridade laboral."

Além destas duas ideias, Miguel Castro acrescenta um outro dado estatístico, que, na opinião do seu grupo parlamentar, deveria fazer "corar de vergonha" o governo e o PSD, que é o partido que o sustenta. "Porque é que o governo não comenta o facto de que a Madeira tem a taxa mais alta de risco de pobreza ou exclusão social em todo o país, isto é, 30,2%? Por outras palavras, quase um em cada três madeirenses está em situação vulnerável e corre o risco de exclusão social, vivendo com menos de 551 euros por mês. Estes números não interessam a Miguel Albuquerque?", questiona.

O dirigente e deputado sublinha que "é urgente mudar o paradigma de desenvolvimento que o PSD quer impor na Região, pois, na sua visão, o mesmo só gera pobreza e desigualdades sociais". Para Miguel Castro, "não podemos ser a ilha dos baixos salários, onde os que vivem bem são os estrangeiros ricos e os senhores com ligações ao poder. Nós queremos por o dinheiro ao serviço da economia, por isso defendemos a redução fiscal para todos os cidadãos, o aumento dos salários (incluindo o salário médio) e medidas de apoio ao investimento privado, pois aqueles que produzem e trabalham não podem continuar sujeitos à voracidade fiscal nem a líderes como o presidente do governo, que afirma e repete que nunca vai baixar impostos", conclui.