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Joe Biden: "Ocupação da Faixa de Gaza seria um erro grave"

Foto EPA/Ting Shen/POOL
Foto EPA/Ting Shen/POOL

O Presidente dos Estados Unidos defendeu este domingo que qualquer tentativa de Israel de ocupar a Faixa de Gaza seria um "erro grave", numa entrevista transmitida no domingo.

As declarações de Joe Biden surgem no momento em que as tropas israelitas se preparam para uma provável ofensiva terrestre contra o movimento islamita Hamas.

Questionado no programa "60 Minutos" da cadeia de televisão CBS sobre se apoiaria uma ocupação israelita da Faixa de Gaza, Biden respondeu: "Penso que seria um erro grave".

O Hamas "não representa todo o povo palestiniano", continuou. Mas "eliminar os extremistas" é um "passo necessário", sustentou.

As afirmações de Biden acontecem no momento em que os Estados Unidos e Israel estão a preparar uma possível visita do Presidente norte-americano a território israelita, informaram no domingo a cadeia de televisão CNN e o 'site' de notícias Axios.

Segundo o Axios, que cita funcionários norte-americanos e israelitas, a visita de Biden poderá ter lugar no final da próxima semana.

"Não temos novas viagens para anunciar", afirmou, contudo, Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, responsável pela política externa, questionada pela agência de notícias EFE.

Uma visita de Biden seria uma demonstração significativa de apoio a Israel, o principal aliado dos Estados Unidos no Médio Oriente, e surgiria na sequência de uma visita à região pelo secretário de Estado, Antony Blinken, que deverá encontrar-se hoje com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Biden falou com Netanyahu no sábado, naquele que foi o quinto telefonema entre os dois desde o ataque de 07 de outubro do movimento islamita Hamas, ao qual Israel respondeu declarando o estado de guerra e bombardeando a Faixa de Gaza.

O ataque do Hamas causou cerca de 1.400 mortos em Israel, o pior massacre da sua história.

Na Faixa de Gaza, os mortos em nove dias de guerra ultrapassam os 2.670, o número mais elevado da história do enclave - que já conta com mais mortos do que nos 55 dias de combates de 2014 -, e os feridos totalizam cerca de 9.600.