O OE-24 não resolve as chagas da desigualdade

Os trabalhadores portugueses a labutar a troco do salário minimíssimo nacional e mesmo aqueles que auferem pouco mais têm dificuldade em pagar as contas, porque lhes sobra mês... sendo confrontados com cíclicos aumentos: a subida do valor da prestação da casa e o custo dos bens essenciais, cujo IVA à taxa zero é engolido pelo aumento dos preços... a par do preçário taxado e especulativo dos combustíveis.

A classe média está proletarizar-se, os vulneráveis gritam com fome!

O governador do Banco de Portugal (com um salário maior do que o presidente da Reserva Federal dos EUA!), diz que a prioridade é pagar a dívida e ser cauteloso... em aumentar salários... (percebeu-se que não inclui o seu milionário salário).

Havendo largas centenas de milhões de euros de saldo positivo nas contas do Estado e o foco do ministério das Finanças é pagar a dívida, deixando para trás, milhões de portugueses numa condição social e habitacional aflitiva e dramática!

M. Centeno (BdP) e C. Lagard (BCE), 'sendo' siameses, exigem um apertar de cinto para os de baixo, ao invés, os bancos, que recentemente foram bafejados com milhares de milhões de euros pelos contribuintes... não são tocados(!). Um mero exemplo: Há famílias a perder as suas casas e as prestações que já pagaram(!)... os bancos renegoceiam as dividas, com resistência, destes contratos, embora tenham lucros de 11 milhões de euros por dia!, e nem sequer são sondados para, poderem fazer parte da solução. Nada! A governança é conivente, assobiando para trás.

Este país não avança sem ouvir estes figurões - os banqueiros, que são intocáveis!

Vítor Colaço Santos