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Incêndios Madeira

Bloco de Esquerda diz que "Madeira não precisa de Bitcoin" e critica ausência de Albuquerque

O presidente do executivo madeirense, que se encontrava em viagem privada fora do arquipélago, regressou na sexta-feira à Região

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"Enquanto as populações da Calheta, Câmara de Lobos e Porto Moniz sofriam com um dos maiores incêndios a assolar a Região, Miguel Albuquerque, numa suposta viagem privada, anunciava em Amsterdão a criação de um Centro de Negócios Bitcoin na Região", aponta o Bloco de Esquerda (BE), em comunicado de imprensa, numa crítica à ausência do presidente do Governo Regional no primeiro dia de incêndios.

Os bloquistas consideram que "este anúncio é errado e não apenas pelo dia em que é feito".

"É errado, porque os maiores escândalos financeiros dos últimos tempos estão todos associados a bitcoin e demais criptomoedas. O governo de Miguel Albuquerque, ao invés de investir num modelo de economia produtiva para a Região, aposta mais uma vez em esquemas e negociatas", sustenta o BE-Madeira.

"Os negócios de ativos cripto estão a ser investigados internacionalmente por fraude e auxílio ao crime económico e têm deixado um rasto de lesados em todo o mundo. Não por acaso, o Banco de Portugal não autorizou a instalação de qualquer plataforma cripto no país. A Madeira, que conhece bem o drama dos lesados do BES na Venezuela, deve recusar albergar este tipo de actividade", reforça a mesma nota, dando ainda conta que "no mesmo dia do anúncio de Miguel Albuquerque, o conceituado The Wall Street Journal denunciava que o comércio em criptomoedas serve comprovadamente os interesses de gangues criminosos, milionários russos e de um grupo terrorista associado ao Hamas".

"A Região Autónoma da Madeira não deve ficar associada ao financiamento do crime, da guerra e do terrorismo", defendo o BE.