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EUA repetem apelo para que resposta ao Hamas evite morte de civis

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Foto Getty Images via AFP

O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, repetiu hoje o apelo a Israel para que tome "todas as precauções possíveis" para evitar a morte de civis na Faixa de Gaza.

"Pedimos aos israelitas que tomem todas as precauções possíveis para evitar ferir civis", sublinhou o chefe da diplomacia dos EUA, durante uma conferência de imprensa em Doha, referindo-se ao ataque de Israel ao ataque do movimento islamita Hamas.

Blinken evitou responder se o seu país apoia o ultimato que o Exército israelita deu aos habitantes do norte da Faixa de Gaza para se deslocarem para sul, o que implicaria a deslocalização de mais de 1,1 milhões de palestinianos e que foi descrito por organizações de direitos humanos como um "crime de guerra".

"A nossa prioridade é abrir áreas seguras", explicou Blinken, evitando uma pergunta direta de um jornalista durante a conferência de imprensa em Doha.

O chefe da diplomacia norte-americana garantiu que os Estados Unidos estão em contacto com organizações humanitárias, com Israel e com outros países para abrir estas "zonas seguras", que considerou serem "a melhor forma de garantir que os civis possam estar seguros e receber a ajuda de que necessitam".

Na mesma conferência de imprensa, o Qatar comprometeu-se com o acordo, concluído com a sua mediação, sobre uma troca de prisioneiros entre os Estados Unidos e o Irão, incluindo o levantamento por Washington do congelamento de seis mil milhões de dólares (mais de cinco mil milhões de euros) de bens iranianos.

"O Qatar está comprometido com o acordo e cumprirá as suas obrigações. Não fará nada sem consultar os seus aliados", prometeu o primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammed bin Abdelrahmane Al-Thani.

Este esclarecimento do Qatar surge depois de vozes da oposição norte-americana ao Governo Democrata do Presidente Joe Biden terem afirmado que estes ativos permitiram ao Hamas, um aliado do Irão, financiar o seu ataque mortal contra Israel em 07 de outubro.

Na quinta-feira, os 'media' norte-americanos noticiaram que os Estados Unidos e o Qatar conspiraram para impedir que o Irão tivesse acesso a esses fundos.

Teerão, que apoia financeira e militarmente o Hamas, tem sido objeto de especial atenção desde este ataque em grande escala que provocou pelo menos 1.300 mortos, a maioria civis.