Primeiro-ministro palestiniano acusa país de "genocídio" em Gaza
primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Shtayyeh, acusou hoje Israel de cometer "um genocídio" na Faixa de Gaza, que está a ser bombardeada pelo Exército israelita na sua guerra contra o movimento islamita Hamas, que controla aquele território palestiniano.
"O nosso povo em Gaza está a sofrer um genocídio e a Faixa de Gaza tornou-se uma zona sinistrada", declarou Shtayyeh numa conferência de imprensa em Ramallah, na Cisjordânia, sete dias após um ataque maciço do Hamas a Israel, ao qual o Estado judaico respondeu com ataques aéreos ao enclave palestiniano.
O Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, que designou como operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de 'rockets' e a incursão de combatentes armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas que, recordou, foi internacionalmente classificado como organização terrorista.
Israel impôs um cerco total à Faixa de Gaza e cortou o abastecimento de água, combustível e eletricidade e confirmou até agora mais de 1.300 mortos e mais de 3.000 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
Do lado palestiniano, o Ministério da Saúde confirmou hoje que, em Gaza, os ataques da retaliação israelita fizeram pelo menos 1.799 mortos e mais de 7.000 feridos e que também se registaram 31 mortos na Cisjordânia, bem como cerca de 180 feridos.
Segundo o porta-voz do exército de Israel, Richard Hecht, cerca de 1.000 combatentes do Hamas foram igualmente abatidos durante confrontos com as forças de segurança em território israelita, onde prosseguem combates esporádicos.