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Dois detidos após ataque à facada em escola no norte de França

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Foto Shutterstock

Dois homens foram detidos hoje após o ataque a faca que provocou a morte de um professor e feriu outras duas pessoas numa escola no norte de França, disseram as autoridades francesas.

Segundo uma fonte policial, o homem responsável pelo ataque a escola secundária em Arras tem 20 anos é de origem chechena. O irmão do atacante, de 17 anos, também foi detido pelas autoridades de segurança francesas.

A procuradoria nacional antiterrorismo anunciou que abriu uma investigação sobre este caso.

Entre os dois feridos estão um segurança, que está em estado grave, e um outro professor, disse uma outra fonte da polícia francesa.

De acordo com informações de uma fonte da polícia francesa, o agressor terá gritado "Allah Akbar" [Deus é grande] durante o ataque.

Nenhum estudante da escola secundária ficou ferido, segundo uma fonte policial.

A Assembleia Nacional anunciou que iria suspender o seu trabalho em solidariedade com as vítimas, e o Presidente Emmanuel Macron deve deslocar-se ao local do ataque, que fica na cidade de Arras, no departamento de Pas-de-Calais, no norte de França.

Os meios de comunicação franceses France Info e BFM informaram que o agressor era um ex-aluno da escola.

A vice-presidente da Câmara Baixa do Parlamento, Naima Moutchou, disse que a Assembleia Nacional "expressa a sua solidariedade e os seus pensamentos pelas vítimas, pelas suas famílias e pela comunidade educativa ao saber que um professor foi morto e vários outros ficaram feridos".

O ataque acontece cerca de um ano depois do assassínio do professor Samuel Paty, morto em 16 de outubro de 202 nas proximidades da sua escola em Conflans-Sainte-Honorine, na região de Paris, cerca de dez dias depois de ter mostrado caricaturas de Maomé para seus alunos durante uma aula sobre liberdade de expressão. O agressor de 18 anos, um refugiado russo de origem chechena, foi morto pela polícia.

O ataque de hoje ocorre quando a guerra se intensifica em Israel, contra o movimento islamita Hamas, levando o Executivo francês a temer uma importação do conflito para o seu país.