A madeirense que fazia ‘curas milagrosas’ na Venezuela
Neste ‘Canal Memória’ vamos até à edição de 13 de Outubro de 2004
Matilde Conceição Ramos. Assim se chamava a mulher, emigrante madeirense na Venezuela, que curava os males daqueles que precisavam. A notícia saiu na edição do DIÁRIO de 13 de Outubro de 2004.
Como relatava o DIÁRIO, à porta da casa de Matilde Ramos estava sempre uma fila de gente que queria cura dos seus males: mau olhado ou qualquer outra doença que os deixasse prostrados ou aos filhos. A mulher dizia ainda dar assistência a pessoas com braços fracturados, dores nas costas e idosos em cadeiras de rodas.
A emigrante madeirense recorria a produtos que encontrava em perfumarias e farmácias e, do alto dos seus 81 anos, realizava massagens nos membros afectados. Além disso, fazia “orações” que culminavam em “milagres”.
“Recebo pessoas das oito da manhã às nove da noite, mas não faço ideia de quantas recebo por dia. Só sei que a sala de espera está sempre a abarrotar. E eles já sabem que ao domingo descanso um pouco mais”, contava a mulher ao DIÁRIO.
Inauguração ‘vira’ atentado ambiental
Na mesma edição, a Quercus denunciava aquilo que considerava ser um autêntico atentado ambiental. Estamos a falar da inauguração do Parque Temático de Santana, que contou com o lançamento de 150 balões pretos com um dispositivo luminoso de cor azul.
A associação denunciou que estes balões três pilhas de botão (pequenas), material altamente poluente. “As pilhas de botão contêm metais pesados, nomeadamente chumbo, mercúrio, prata e zinco, graves poluidores do meio ambiente”, sublinhava Idalina Perestrelo, à época presidente da Quercus-Madeira.