“Princípios” e práticas
Em recente conferência o autocrata Putin teceu várias considerações sem sentido e contraditórias próprias de alguém sempre pronto a fazer dos outros parvos, o que é habitual em políticos autocráticos para quem a democracia serve apenas e só de trampolim para alcançar o poder e logo que o alcançam procuram cercear as liberdades democráticas, prender ou eliminar os opositores políticos e quem denuncie os seus atropelos à democracia. Segundo Putin a invasão da Ucrânia “não é um conflito territorial”, mas algo que deve determinar os “princípios em que se baseará a nova ordem mundial“. Então porque quer anexar território ucraniano? Como é possível acreditar na boa fé de quem propõe um pretenso acordo de ”princípios” para “uma nova ordem mundial” forçando a invasão de um país, violando o direito internacional e as obrigações da Rússia como membro das Nações Unidas (NU)? “Um equilíbrio mundial onde ninguém pode forçar ou obrigar unilateralmente outros a viver ou a comportarem-se como uma hegemonia”. Então porque quer obrigar a Ucrânia a submeter-se à hegemonia da Rússia? Um “mundo aberto” livre da “lógica dos blocos” e assentes em “soluções coletivas”. Então as NU não são uma solução coletiva? Porque não iniciar aí essa “nova ordem mundial” por exemplo com a Rússia a abdicar do direito de veto no C.S. das NU? Isso sim uma autêntica solução coletiva e democrática de 1 país 1 voto! Bucha onde as tropas russas mataram e sujeitaram a todo o tipo de sevícias centenas de ucranianos entre eles mulheres e crianças cujos cadáveres alguns deles decapitados e estropiados, foram descobertos em valas comuns após a retirada das tropas russas, Hroza 52 mortos e dezenas de feridos por 1 míssil russo de alta precisão (?) que destruiu um café e uma mercearia e após quase 2 anos de guerra milhares de mortos e feridos, destruição de zonas residenciais e infraestruturas de apoio à população, mostram a contradição insanável entre os “princípios” e as práticas de Putin.
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