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Guerra Israel-Hamas está a promover divulgação de falsidades na rede social X

Foto Michele Ursi/Shutterstock.com
Foto Michele Ursi/Shutterstock.com

Apesar de a rede social Twitter, agora designada X, sempre ter tido dificuldade em combater a difusão de mentiras e informação distorcida, continua a ser um dos locais privilegiados para saber o que ocorre no mundo.

Mas a guerra Israel-Hamas realçou que a X tornou-se não apenas algo que não oferece confiança, como está a promover ativamente falsidades.

Analistas apontam que, sob a direção de Elon Musk, a plataforma deteriorou-se ao ponto que não apenas está a falhar em combater a difusão daquelas mentiras, como está a favorecer a divulgação de mensagens por contas que pagam para ter o símbolo da sua certificação pela rede social, independentemente de quem as está a gerir.

Se estas mensagens forem redistribuídas de forma massiva, podem ser elegíveis para pagamentos pela X, o que criam incentivos financeiros para as publicações que têm mais reações, incluindo mentiras e distorções.

Ian Bremmer, um proeminente analista de política externa, colocou na X uma mensagem em que afirmou que o nível de manipulação de informação na guerra Israel-Hamas "está a ser promovida algoritmicamente" na plataforma "de uma forma a que nunca foi exposto na sua carreira de cientista política".

E a autoridade europeia para o digital escreveu a Musk sobre a manipulação de informação e o "conteúdo potencialmente ilegal" na X, no que parece vir a ser um dos primeiros testes relevantes para as novas regras digitais da União Europeia dirigidas a limpar as plataformas das redes sociais.

Enquanto o sítio da rede social de Musk está mergulhado no caos, rivais como TikTok, YouTube e Facebook estão também a lidar com uma série de rumores e falsidades sobre o conflito.